postado em 03/10/2008 14:52
A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, elogiou nesta sexta-feira seus adversários na disputa eleitoral Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) e reafirmou o desejo de governar a cidade por oito anos.
"Os dois [Alckmin e Kassab] estão muito bem preparados. A candidatura deles é forte e a minha também é muito forte. Eu quero agradecer às mulheres que me acompanharam agora no primeiro turno e dizer que eu vou investir muito nelas [as mulheres]", afirmou a candidata durante caminhada no centro de São Paulo ao lado dos senadores Aloizio Mercadante (PT-SP) e Eduardo Suplicy (PT-SP) e do vice, Aldo Rebelo (PC do B).
Marta também manifestou o desejo de ser reeleita nas eleições municipais de 2012. "Se o povo me eleger por quatro anos e depois por mais quatro anos eu vou firmar esse compromisso com muita alegria", afirmou.
Durante a caminhada, os militantes petistas fecharam o viaduto do Chá. O coordenador de campanha de Marta, deputado Carlos Zaratini (PT-SP), tentava organizar as pessoas para liberar o trânsito, que ficou interditado por alguns minutos.
A caminhada de Marta encontrou com a do candidato a vereador José Luiz Penna (PV), que estava nas proximidades e foi hostilizada pelos petistas, mas sem agressão física. Penna apóia a candidatura à reeleição de Kassab.
Bate-boca Durante corpo-a-corpo na Vila das Mercês (zona sul) pela manhã, Marta bateu boca com uma comerciante que lamentava a falta de investimentos na saúde para que sua filha pudesse ter atendimento na rede pública municipal.
Marta entrou na loja de Generosa Lima de Oliveira para pedir votos. Mas a comerciante pediu o apoio da candidata, que disse que não podia ajudar. O bate-boca foi presenciado por Érica Brito e Maria Aura da Silva, que trabalham na loja de Generosa.
"Ela [Marta] entrou aqui e foi falar com a Generosa, que lamentou a situação que a filha dela passa hoje, com meningite, e a Marta disse: "essas duas loucas me chamaram para isso?´", disse Aura.
"Já que é para dar apoio, vamos dar apoio. Se ela [Marta] não tem apoio para dar, não fala nada, mas não chama ela (sic) assim", Generosa afirmou que entrará com um processo contra Marta porque se sentiu ofendida. "Eu vou processar ela [Marta] (sic) porque ela me chamou de louca. Eu não sou louca. Eu estou desesperada com a doença da minha filha", disse Generosa, chorando.
Marta minimizou o bate-boca e disse que abraçou a comerciante e que ela estava "louca de sofrimento". "Na saída, eu falei para a amiga dela: "olha, ela está completamente desaforada, louca de sofrimento´. Alguém tem que ajudar essa mulher porque ela está insana", disse Marta, ao ressaltar que compreende o sofrimento da comerciante.