Politica

João da Costa é alvo dos rivais em debate no Recife

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postado em 03/10/2008 16:19
Reconhecido como o candidato a prefeito do Recife que fez a campanha mais propositiva e sem agressões, Raul Henry (PDMB) foi o protagonista do ataque mais forte feito ao petista João da Costa, alvo de todos os adversários no último debate da campanha realizada na noite de ontem pela TV Globo. Ao abordar a cassação, em primeira instância, da candidatura do petista, por uso da máquina pública, Raul comparou a situação de João da Costa a de "um criminoso que espera um julgamento em liberdade". Costa, que lidera as pesquisas de opinião, obteve direito de resposta, e explicou que respondia a processo por ações de terceiros e por isso não podia ser acusado. E rebateu que também Raul Henry - da "Coligação por um Novo Recife" (PMDB-PSDB) - responde a um processo por improbidade administrativa e nem por isso ele o considera "um criminoso". Raul se redimiu, afirmando não ter tido a intenção de fazer uma ofensa pessoal. "Em 20 anos de militância política nunca ofendi ninguém", afirmou ao justificar ter se referido ao crime eleitoral de uso da máquina pelo petista. Quanto ao processo que responde, disse se tratar de um erro contábil no valor de R$ 1,5 mil, em 1996, pelo qual já foi inocentado em duas instâncias. Raul também alertou o eleitorado para a possibilidade de perda de voto em João da Costa - "Frente do Recife" (PCdoB-PDT-PMN-PTB-PRP-PTdoB-PT-PSDC-PR-PSB-PTN-PRB-PRTB-PSL-PHS) -, diante da possibilidade de ele vir a ser cassado se a sentença judicial for confirmada nas outras instâncias. Mendonça Filho, candidato do DEM, reforçou o episódio da cassação, como um fato negativo para o Recife, que ganhou dimensão nacional. Momentos 'quentes' Em outro dos poucos momentos "quentes" do debate, João da Costa confrontou Mendonça Filho, com quem travou uma guerra de estatísticas. Mendonça cobrou o desempenho da prefeitura na educação fundamental, afirmando que Recife tinha o pior índice entre as capitais. João da Costa rebateu com outros índices, da época em que Mendonça governou o Estado, quando Pernambuco, segundo ele, teria tido a maior taxa de mortalidade infantil e o maior número de homicídios. Cada um considerou as afirmações do outro mentirosas. O formato do debate impediu baixarias. Participaram cinco dos sete candidatos a prefeito do Recife - Kátia Teles, do PSTU e Roberto Numeriano, do PCB, ficaram de fora porque seus partidos não têm representação no Congresso. Mendonça, Raul e Carlos Eduardo Cadoca, da coligação "Amor pelo Recife" (PSC-PP-PTC-PPS-PV), questionaram a falta de eficiência na gestão petista e pregaram a importância do segundo turno. Edílson Silva, do PSOL, criticou os que agora administram a prefeitura, os outros adversários que já estiveram no poder e se colocou como a alternativa de uma "oposição de verdade". João da Costa disse confiar na sua absolvição e pediu a militância para responder nas urnas aos que fizeram campanha suja contra ele.

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