postado em 05/10/2008 21:45
Perto das 21 horas, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ayres Britto, fez um balanço geral sobre o clima das eleições de 2008 e concluiu que "tudo transcorreu sem nenhum incidente mais grave, sem atos de instabilidade institucional e de perturbação do processo nacional". Ele considerou também "um absoluto sucesso" o uso das primeiras urnas biométricas, experimentadas em municípios de Rondônia, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Disse que essas urnas, em que o eleitor é reconhecido pelas digitais, são a "eleição do futuro".
Ele adiantou que a tendência é mesmo usar, além da urna biométrica, o cadastro biolétrico de eleitores. "Em torno de uns oito anos, podemos pensar mesmo em uma eleição biométrica de ponta a ponta no País todo", afirmou Ayres Britto. Admitiu que houve 0,1% de não-reconhecimento das impressões digitais nas eleições de hoje. São casos, disse, que sempre serão registrados - citou até o exemplo dos professores que usam giz e têm as digitais "apagadas" pelo pó químico.
Ao avaliar o uso das forças federais de segurança, o presidente do TSE considerou que tudo "transcorreu com normalidade", inclusive, disse, no Rio de Janeiro. Ele minimizou o incidente registrado no Rio de Janeiro, na Cidade de Deus, onde houve um confronto entre soldados do Exército e dois rapazes, que saíram feridos por disparos de balas de borracha. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, que participou da avaliação do TSE, celebrou a normalidade eleitoral que atribuiu "à prática democrática" instituída nos 20 anos da Constituição brasileiro, aniversário comemorado neste ano (1988-2008).