postado em 05/10/2008 22:53
São Paulo ; O atual prefeito da capital paulista e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), trocou a cautela por uma postura vitoriosa na noite deste domingo (05/10), ao fazer um rápido pronunciamento agora há pouco, direto de seu comitê central de campanha. O democrata começou dizendo que pretendia fazer uma homenagem a seus adversários no primeiro turno das eleições, especialmente "aos candidatos Soninha (PPS) e Geraldo Alckmin."
Em seguida, fez um convite para uma antecipada festa da vitória: "Quero convidar a todos, nesta segunda etapa, para que no dia 26 de outubro todos estejamos aqui para comemorar a vitória", afirmou o entusiasmado prefeito que, às 22h15, com mais de 80% das urnas apuradas na capital, continuava liderando o páreo com cerca de 100 mil votos à frente da candidata do PT, Marta Suplicy, conforme dados oficiais computados pelo Tribunal Regional Eleitoral em São Paulo.
O prefeito não esqueceu de agradecer o atual governador paulista, José Serra (PSDB), seu grande padrinho político na cidade. A exemplo do que faz desde quando assumiu a prefeitura, em 2006, e do que fez, diariamente, ao longo de toda a campanha no primeiro turno, Kassab repetiu, mais uma vez, que cumpre à risca o programa de governo deixado por Serra na prefeitura.
E encerrou seu pronunciamento dizendo que, diante da boa avaliação de seu governo e do resultado nas urnas, não poderia deixar de registrar "a importante participação da figura do governador José Serra". Ao mencionar o nome do líder tucano, foi muito aplaudido em seu QG. Serra e Kassab se elegeram em chapa coligada no final de 2004 como prefeito e vice-prefeito da cidade. Em 2006, o tucano renunciou ao cargo para disputar e vencer a eleição para o governo do estado.
Alianças
Durante sua rápida fala já como adversário de Marta Suplicy na reta final da eleição, o prefeito Kassab disse também que serão feitos, já a partir desta segunda-feira (06/10), os entendimentos necessários para compor novas alianças em torno de seu nome. Ele afirmou que as negociações serão feitas pelas "instâncias partidárias" competentes, como "deve ser numa democracia".
Ele também deixou claro que está disposto a fazer um segundo mandato, caso seja eleito, liderando uma composição partidária ampla em um eventual novo governo. "Os partidos que, internamente, se definirem por um entendimento conosco, teremos a maior satisfação em dar seqüência em cima de programas públicos para consolidação e ampliação da nossa aliança." Kassab também agradeceu o empenho dos partidos que compõem a coligação com o DEM na disputa: PMDB, PR, PV e PST.