postado em 06/10/2008 18:24
As mulheres vão aumentar a presença nas prefeituras brasileiras em 2009. Segundo o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Ayres Britto, do total de candidatos eleitos para as prefeituras brasileiras, 9,16% são mulheres --enquanto em 2004 (ano das últimas eleições municipais) o índice de mulheres eleitas foi de 7,32%.
"As mulheres avançaram na direção da titularidade das chefias Executivas. Entretanto, no plano de vereadores, houve equiparação. O percentual praticamente se manteve. Foram 12,51% das vagas para as mulheres. No ano de 2004, esse número foi de 12,64%, praticamente se manteve estável", disse Britto.
O índice de abstenção nas urnas em 2008 também foi similar ao de 2004. Segundo o TSE, a abstenção total nas eleições municipais deste ano foi de 14,5% --contra 14,2% na disputa de 2008. Se comparada com as eleições presidenciais de 2006, que registrou abstenção de 16,8% da população, houve queda no número de eleitores que não foram às urnas.
Britto disse que o TSE vai intensificar as campanhas em rádio e TV para estimular os eleitores a votarem no segundo turno. "O não comparecimento é o não-voto, é diferente do voto em branco ou nulo. O voto nulo não é o não-voto, ambos são votos, mas inválidos. O eleitor compareceu, manifestou sua opinião. A soberania popular não se manifesta com a abstenção. Quando é alta, sinaliza desativação da cidadania, uma renúncia, o abdicar do direito de votar", disse.
O presidente do TSE reconheceu que a abstenção pode representar um "desencanto com a política" por parte dos eleitores, mas defendeu o comparecimento às urnas. "Isso serve de advertência para que os partidos escolham melhor os candidatos. E à altura das expectativas do eleitor, que merece o melhor. Se a oferta não corresponde às expectativas do eleitor, o índice de abstenção tende a crescer." Urnas manuais.
Britto comemorou o baixo número de urnas manuais utilizadas na disputa municipal deste domingo, que foi de 0,0057% do total. Na opinião do presidente do TSE, o índice mostra avanços no sistema informatizado da Justiça Eleitoral nas eleições brasileiras.
"Tudo isso é motivo de comemoração, porque atesta a assimilação de processos tecnológicos a cada eleição. Mas não é só a nossa secretaria que vem evoluindo, ela trabalha em interação com as secretarias de todos os TREs [Tribunais Regionais Eleitorais], isso é trabalho de equipe. O que se registra é motivação, um vestir a camisa como quem veste a própria pele, para fazer da eleição esse espaço de serviço qualificadíssimo. Não há como dissociar democracia representativa e eleição", afirmou.