Politica

Peemedebistas tentam emplacar a vice-presidência na chapa de 2010

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postado em 07/10/2008 10:21
O PMDB elegeu o maior número de prefeituras e foi a legenda que recebeu mais votos, mas não pensa na Presidência da República. Em 2010, o partido quer eleger novamente a maior bancada na Câmara e no Senado e ser vice de uma chapa encabeçada por um nome indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os peemedebistas elegeram 1.194 prefeitos e receberam quase 18 milhões de votos, superando o recorde anterior do PT de 2004, quando o partido de Lula recebeu o apoio de pouco mais de 16 milhões de eleitores. O desempenho, na visão de dirigentes do PMDB, dá fôlego à aliança eleitoral com o PT visando a cadeira deixada por Lula. Na verdade, o que falta ao partido é um nome forte para disputar a presidência, se houvesse um político com expressão nacional para unir as diversas lideranças regionais, o discurso seria outro. ;A tese da vice sai fortalecida, há alguns problemas internos, a eleição municipal deixou algumas ranhuras, mas não a ponto de abalar nossa estratégia;, disse o deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE). A fissura é localizada na Bahia do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB). O ministro ficou irritado com a maneira desequilibrada com que Lula participou da campanha eleitoral, dando apoio a petistas que concorriam com peemedebistas nas prefeituras do estado. Se depender do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), os problemas não devem se prolongar. Geddel, porém, está fortalecido. O partido foi o mais votado na Bahia com quase 1,8 milhão de votos, cerca de 300 mil eleitores a mais do que o PT. Sem um nome forte para almejar a sucessão de Lula, a legenda pensa em superar a bancada de 89 deputados eleitos em 2006 e ser fundamental para a governabilidade da próxima administração, mesmo que o futuro presidente seja hoje um adversário dos petistas. ;Vamos eleger mais senadores e mais deputados. O PMDB tem estrutura partidária e facilidade de entrar na casa das pessoas para almejar isso;, resumiu Eunício Oliveira.

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