Politica

Apoio de Lula a Eduardo Paes só depende de aval do PT

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postado em 08/10/2008 09:57
Valeu a pena o esforço do PMDB do Rio por uma aproximação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com seu candidato à prefeitura, Eduardo Paes. Um dia depois de avisar que não participaria do segundo turno na cidade, Lula disse ontem que vai esperar a decisão do PT fluminense e cogitou a hipótese de fazer campanha. O PT do Rio deve formalizar besta quarta-feira (08/10) o apoio a Paes, aliado do governador Sérgio Cabral. O peemedebista disputa a prefeitura com Fernando Gabeira, candidato do PV em aliança com o PSDB. Cabral conseguiu um encontro de Paes com o presidente, durante almoço com oficiais na base aérea de Santa Cruz. Falaram de eleições, mas Lula não assumiu nenhum compromisso de engajamento no segundo turno carioca. Em reunião com um grupo de ministros na segunda-feira, o presidente disse que não faria campanha no Rio. A ausência seria uma resposta ao fato de Paes, como integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, ter feito duras críticas ao presidente e acusações a ministros e dirigentes petistas durante a investigação do escândalo do mensalão. Na terça-feira, Lula foi amistoso. Ante a insistência dos jornalistas, respondeu: "Acabou esta primeira fase. Agora vem uma segunda etapa e vou esperar a decisão do partido para fazer as alianças. Se tiver que fazer campanha eu vou fazer.; Lula passou o dia no Rio, o que permitiu conversas reservadas com o governador. Cabral acredita que o almoço amenizou a impressão de contrariedade do presidente em relação a Paes. O candidato do PMDB disse ter ouvido de Lula que seguirá a decisão dos partidos aliados. "A decisão do presidente é a decisão que for tomada pelos partidos da base aliada aqui", disse Paes. De seu lado, Gabeira conquistou o apoio do DEM, mas sem engajamento direto do prefeito Cesar Maia. O próprio PV já tinha dispensado o envolvimento de Maia, que tem alta rejeição da população e viu sua candidata, Solange Amaral, ficar em sexto lugar no primeiro turno da eleição, com apenas 3,92% dos votos.

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