postado em 09/10/2008 15:51
O ministro José Gomes Temporão (Saúde) reconheceu nesta quinta-feira que está indeciso sobre como será sua participação no segundo turno das eleições nas cidades em que PT e PMDB são adversários.
Integrante do PMDB, mas apontado como indicação pessoal do presidente da República, Temporão busca um meio de evitar o acirramento da disputa entre petistas e peemedebistas. "No primeiro turno, gravei para dois [partidos políticos e seus respectivos candidatos] e onde não havia conflitos", disse Temporão.
"Agora vamos meditar primeiro antes de fazer qualquer coisa", reiterou. A nomeação de Temporão não foi aceita pela bancada do PMDB como indicação do partido. Segundo os parlamentares, ele é resultado de uma decisão pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), para assumir como se fosse sua sugestão.
Independentemente das supostas divergências com o PMDB, o ministro costuma ir ao Congresso e manter o diálogo com deputados e senadores. O esforço dele é para garantir um bom relacionamento com os parlamentares.
Segundo Temporão, os resultados do primeiro turno das eleições mostraram que PT e PMDB "estão mais próximos" de 2010, numa indicação da unidade da aliança em torno de um projeto comum, assim como o êxito dos partidos que apóiam Lula.
"A base de sustentação do presidente Lula está mostrando força no voto, capilaridade e resultados. Vamos ver o que vai acontecer. Ainda teremos segundo turno em cidades importantes. Mas tudo aponta [para um resultado positivo em favor] para essa base de apoio que sustenta o presidente [Lula]", afirmou o ministro.