postado em 09/10/2008 17:55
A pouco mais de 15 dias do segundo turno, a candidata do PT à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, pode ganhar um reforço para sua campanha. O chefe de gabinete do presidente da República, Gilberto Carvalho, vai aproveitar que na próxima semana Luiz Inácio Lula da Silva cumprirá uma intensa agenda internacional e vai tirar férias. De acordo com alguns petistas, Carvalho poderá se engajar na campanha de Marta. Porém, a possível adesão de Carvalho à campanha da petista é avaliada por interlocutores de Lula como sendo uma decisão pessoal do chefe de gabinete do presidente da República. Não há informação de que a presença de Carvalho na campanha de Marta represente intervenção federal. Segundo eles, o chefe de gabinete do presidente participa como colaborador e amigo que é da petista.
No Palácio do Planalto, as preocupações aumentam com a chamada onda Kassab --numa referência ao candidato do DEM à prefeitura paulistana, Gilberto Kassab, que saiu na frente na disputa com Marta. No comando nacional do PT, a análise é que as eleições em São Paulo são as mais difíceis entre as 15 capitais --em que há segundo turno.
Uma das possíveis atribuições de Carvalho será a de colaborar na elaboração do plano de estratégia que visa a conquista das classes alta e média da sociedade paulistana. Consciente das resistências que enfrenta em relação aos mais favorecidos financeiramente, Marta vai centralizar seu discurso neles neste segundo turno das eleições. Outros integrantes do PT nacional também deverão desembarcar em São Paulo na tentativa de ajudar a candidata do partido na campanha. Já confirmaram presença nesta quinta-feira em ato de apoio à Marta os seguintes ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Edson Santos (Igualdade Racial), Carlos Lupi (Trabalho), Paulo Vanucchi (Direitos Humanos), Juca Ferreira (Cultura) e Fernando Haddad (Educação).
Nos próximos dias Marta pretende partir para um discurso mais incisivo em que vai mostrar suas realizações sociais ao longo do período que comandou a prefeitura. A idéia é indicar a existência de uma oposição entre sua gestão e a do governo Kassab, dando a entender que a prioridade da petista é melhorar a qualidade de vida dos mais pobres e dar oportunidades para os que normalmente são excluídos.