postado em 09/10/2008 17:58
A candidata à prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) disse nesta quinta-feira que está animada para fazer campanha ao lado dos ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como Dilma Rousseff (Casa Civil), e o chefe-de-gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho.
"O momento é agora. É uma nova eleição e eu estou animada para ir à luta", afirmou Marta, que hoje fez campanha em Parada de Taipas (zona norte) com vereadores eleitos, entre eles Netinho de Paula (PC do B) e os petistas Chico Macena, Francisco Chagas e Ítalo Cardoso.
Marta ressaltou que a participação de ministros em sua campanha é apenas o anúncio do segundo turno, uma forma de mostrar que o PT está unido em São Paulo.
"Isso é apenas o anúncio do segundo turno em mostrar que o PT está unido aqui em São Paulo. [...] O Gilberto tirou férias. Se ele vier, eu acho que é lucro total, mas ainda não está confirmado. Se ele vier, vai ser muito bom nesta reta final de campanha quando nós temos mais recursos, mais gente competente ajudando. A gente fica muito feliz", disse a petista.
Questionada sobre a sobre a transferência de votos de candidatos a prefeito derrotados no primeiro turno, Marta disse que a transferência é "quase automática", mas ressaltou a necessidade de recuperar votos que foram para o prefeito Gilberto Kassab (DEM), que tenta a reeleição.
Pesquisa Datafolha publicada nesta quinta-feira na Folha revela que Kassab conta com 54% das intenções de voto contra 37% de Marta.
"É quase uma transferência mecânica [de votos] quando você vai para o segundo turno. Agora, tem que ter uma recuperação desses votos. Agora, sedimenta. Agora, começa a propaganda eleitoral na TV, as falas. Daí a pessoa focaliza melhor e vê as propostas", afirmou.
A petista ironizou o fato de Kassab tê-la chamado de "dona Marta". No primeiro turno, o prefeito chamava a petista prioritariamente de ex-prefeita.
"Olha, eu sou a dona Marta dos CEUs [centros educacionais unificados], do Bilhete Único, do Renda Mínima, do PT. Acho um orgulho tudo isso", afirmou.