Politica

PDT formaliza apoio a Paes no Rio de Janeiro

;

postado em 13/10/2008 13:48
Rio de Janeiro - O PDT formalizou nesta segunda-feira (13/10) o apoio ao candidato a prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB) no segundo turno. O peemedebista assinou uma carta-compromisso em um comitê da legenda, no centro. O ex-candidato Paulo Ramos (PDT), derrotado no primeiro turno, não compareceu. Na sexta-feira (10/10), durante reunião do diretório municipal, ele votou pela neutralidade do partido no segundo turno. Paes centrou o discurso nos elogios ao falecido líder pedetista Leonel Brizola, sobre quem destacou a "eloqüência, firmeza e maneira direta como falava". "Brizola é uma figura que não se encontra mais na política brasileira, perseverante e firme nas suas posições", destacou o candidato, que disse ter se interessado pela política após uma caminhada do PDT em 1986 durante a candidatura do sociólogo Darcy Ribeiro a prefeito do Rio. Apesar de oficialmente estar licenciado do cargo do presidente nacional do PDT, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, conduziu o encontro. Ele disse que a aliança ocorreu sem "nenhuma exigência de participação no governo". "Nós não trabalhamos com compromissos de cargos, trabalhamos com teses programáticas", discursou o ministro. Lupi também criticou a estratégia do adversário de Paes, Fernando Gabeira (PV), de discutir apoios isoladamente, sem conversar com as lideranças partidárias. "Candidato que não respeita as instituições político-partidárias não merecem o respeito destas instituições." Os compromissos firmados com o PDT incluem o resgate do projeto original dos Cieps e a valorização do funcionalismo público. Paes negou em entrevista que sua proposta de fim da aprovação automática nas escolas da rede municipal vá de encontro à proposta de ciclos defendida por Darcy Ribeiro e Paulo Freire. "Essa aprovação automática não tem nada a ver com ciclos, com sistema de educação de aprovação continuada em que as pessoas passam de ano aprendendo", disse. O presidente do diretório municipal do PDT, deputado federal Carlos Brizola Neto, atribuiu a ausência de Paulo Ramos ao "desgaste da campanha". "O deputado Paulo Ramos, como pessoa de histórica disciplina partidária, não vai remar contra a maré. Ele deixou bem claro na reunião que, embora defendesse a neutralidade, estaria junto com o partido nas ruas pedindo apoio e voto para o Eduardo Paes." *Debate. O candidato do PMDB comentou o debate com Gabeira realizado ontem pela TV Bandeirantes, marcado pelo tom agressivo de ambos os candidatos. Paes disse que Fernando Gabeira precisa ter "tranqüilidade". Ele repetiu as mesmas reclamações feitas pelo candidato verde. "Ele vem fazendo campanhas pela internet contra a minha candidatura, a minha pessoa, distribuindo panfletos apócrifos pela cidade e ontem mostrou sua falta de controle", disse. Sobre a agressão a um militante do PV por cabos eleitorais de sua candidatura em Madureira, Paes reafirmou que "o cidadão tem um histórico de provocações". Ontem, no debate, o peemedebista apresentou a "ficha" de Francisco Miranda Santana, 66, citando que ele responde a quatro processos. "Ele [Gabeira] devia tomar cuidado com as companhias, as pessoas que coloca na sua candidatura. Uma pessoa que tem como militante partidário durante tanto tempo uma pessoa com uma ficha daquela é complicado. Mas nada justifica a agressão. Nós devemos as nossas desculpas, mas o cidadão tem um histórico de provocações, é processado por estelionato e por desordem eleitoral. Não deve ser uma novidade na vida daquele cidadão ter este tipo de problema", disse Paes. Sobre a origem da ficha, Paes disse que foi passada à sua campanha de maneira "informal" pelo secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame. "Fui informado pouco antes do debate por um e-mail que recebi da coordenação da campanha, que solicitou ao secretário de segurança que levantasse estas informações. Acho que solicitou por via informal, por telefone, e ao longo do sábado foi levantado. Esse acesso qualquer cidadão pode ter", disse. Santana, que é presidente do diretório do PV em Madureira, foi agredido na manhã de sábado. Durante manifestação do PMDB, ele, que teria provocado os adversários, foi jogado no chão e levou pontapés e socos no rosto, além de ter a roupa rasgada.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação