Politica

Pela primeira vez, Petrópolis realiza segundo turno e escolhe entre candidatos do PT e do PSB

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postado em 20/10/2008 16:14
No próximo domingo (26), o município de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, vai escolher seu futuro prefeito em um inédito segundo turno. Em todo o estado, além da cidade imperial, apenas na capital e em Campos dos Goytacazes os eleitores terão que voltar s urnas para escolher entre os dois mais votados no primeiro turno, no último dia 5. O candidato do PSB, Ronaldo Medeiros, que ficou em segundo lugar, se diz vítima de um golpe, que deixou a população em dúvida e lhe arrancou eleitores. Apoiado pelo atual prefeito, Rubens Bontempo, ele liderou as pesquisas de intenção de voto durante praticamente toda a primeira fase da campanha, mas nas urnas conquistou 31,29% dos votos (52.986), ficando quase dez pontos percentuais atrás de seu adversário, o candidato do PT, Paulo Mustrangi, que teve 41,12% dos votos (69.644). Às vésperas da eleição, Ronaldo Medeiros teve o registro de sua candidatura cassado e a inelegibilidade declarada pela Justiça Eleitoral, acusado de abuso de poder político, com utilização de verba dos cofres municipais em sua campanha. Uma liminar concedida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio, no entanto, garantiu que ele continuasse no pleito até o julgamento final do processo. Eu tenho que negar essas acusações porque são inverdades. As pessoas ficaram na dúvida se poderiam votar em mim e eu fui muito prejudicado. Por conta disso, houve desequilíbrio do pleito e viemos para o segundo turno, mas eu estou muito otimista. Hoje, a população está assimilando que foi usada de alguma forma por uma mentira, defendeu-se o candidato. Já seu adversário, animado com o resultado das urnas, prometeu mudanças em relação atual gestão. Quando perguntado sobre as denúncias enfrentadas por Medeiros, ele afirmou apenas que respeita a decisão do TRE. Essa é uma questão da Justiça Eleitoral. As denúncias foram acatadas e a Justiça tem autonomia para fazer esse discernimento e tomar suas decisões. Cabe-nos respeitar a legislação eleitoral e é assim que estamos conduzindo nossa campanha, que é do tostão contra o milhão, afirmou ele, que diz também ter sido alvo de ameaças e de comportamento agressivo por parte de militantes de seu adversário. Até o fim da semana, Medeiros e Mustrangi prometem se esforçar para atrair os votos de quem preferiu não votar em nenhum dos candidatos. No primeiro turno, as abstenções somaram 17% e os votos brancos ou nulos chegaram a 13%. Para a segunda fase do pleito, uma pesquisa divulgada pelo jornal Tribuna, na semana passada, apontava o crescimento da preferência por Paulo Mustrangi, que ficou com 52,77% das intenções de voto, contra 29,39% alcançadas por Ronaldo Medeiros O número de indecisos é de 8,06% ; votos nulos, 9,26%, enquanto 0,52% dos entrevistados preferiram não responder. Ao todo, o instituto Informa, responsável pelo levantamento, ouviu 615 eleitores. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral.

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