Politica

Fogaça foca dias anteriores ao segundo turno

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postado em 21/10/2008 21:31
A menos de uma semana para o segundo turno das eleições municipais, a equipe de campanha do candidato do PMDB à prefeitura de Porto Alegre, José Fogaça, pretende focar atenções nos debates. Neste segundo turno, rádios e canais de televisão vêm promovendo debates praticamente dia sim, dia não. O último está marcado para a próxima sexta-feira (24), menos de 48 horas antes do pleito, entre Fogaça e Maria do Rosário (PT). ;Do ponto de vista do diálogo entre os candidatos, se acentuam três temas fundamentais: saúde, educação e segurança;, relatou Clóvis Magalhães, coordenador da campanha de Fogaça. Esses três pontos são os que mais vêm gerando maior polêmica no segundo turno. Tanto nos debates quanto na propaganda eleitoral, os dois candidatos confrontam propostas e questionam feitos da atual administração, de Fogaça, e da administração anterior, do PT. As discussões envolvem números de postos de saúde, de novas creches, de alunos matriculados nas escolas municipais e até mesmo de lâmpadas queimadas na cidade. Apesar do clima tenso em alguns debates por acusações de Maria do Rosário de que Fogaça é subserviente ao governo estadual, do PSDB, Clóvis Magalhães elogia o alto nível do diálogo político travado até agora pelos dois candidatos e não acredita que os ânimos se acirrem na reta final da campanha. ;Sempre ocorrem comparações do que um governo fez e outro pretende fazer, mas no âmbito da discussão política, nunca atingindo a questão pessoal do candidato, sua personalidade, seu conteúdo. Isso seria o ferimento a uma condição ética do processo que, em Porto Alegre, graças a uma cultura política que a gente consegue consagrar, não vem se verificando;, avaliou. Magalhães destacou a importância, neste segundo turno, dos apoios conquistados. A coligação que está com Fogaça desde o primeiro turno reúne PMDB, PTB, PSDC e PDT. Neste segundo turno, o candidato recebeu ainda o apoio de quatro outros partidos: PPS e PMN, que estavam com Manuela D'Ávila (do PCdoB, terceira colocada na disputa), PP e DEM, que concorreram com Onix Lorenzoni, e PSDB, que concorreu com Nelson Marchezan Junior no primeiro turno. As alianças envolveram a incorporação de propostas de outros candidatos ao plano de governo de Fogaça. No caso do PSDB, a negociação envolveu projetos na área de saúde. Com o DEM, Fogaça assumiu o compromisso de não aumentar impostos. O PPS, segundo Magalhães é ;o mais íntimo dos irmãos; e seu plano de governo já tinha muito em comum com o do PMDB. O apoio do PPS é justamente o mais controverso e também o mais comemorado. Esse é partido pelo qual Fogaça se elegeu prefeito em 2004 e que depois deixou, para retornar ao seu partido de origem, o PMDB. Embora integrasse o atual governo, o PPS optou por aliar-se ao PCdoB no primeiro turno, indicando o vice de Manuela. Alguns quadros que mantiveram-se fiéis a Fogaça estão, inclusive, sujeitos a punição pelo partido. Ainda que sem a presença de Manuela, deputada federal mais votada no Rio Grande do Sul nas últimas eleições, a aliança foi recomposta neste segundo turno. ;É muito importante o apoio do PPS. A fundamentação desse projeto liderado pelo prefeito Fogaça tem a sua gênese nas constituições ideológicas do PPS;, ressaltou. Ele considerou ;interessante; a estratégia do partido no primeiro turno, pois permitiu ao PPS ampliar sua bancada na Câmara de Vereadores. ;A vinda do PPS para constituir a base de sustentação do governo Fogaça é, sim, uma das questões mais oportunas, interessantes e democráticas que esse processo eleitoral conseguiu consagrar;, disse. E garantiu: caso o atual prefeito seja reeleito, haverá espaço no governo para todos os aliados. ;Acredito que todos aqueles que compõem a base de sustentação e que, portanto, contribuem para que o projeto avance e se consolide, terão sua parcela de protagonismo. Nesse sentido, o PPS também terá sua contribuição;, avaliou Clóvis Magalhães.

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