Politica

Presidenciáveis preparam rumos para 2010

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postado em 27/10/2008 08:26
Entre mortos e feridos, salvaram-se os principais candidatos à Presidência da República em 2010. O governador paulista José Serra(PSDB), que se mantém como favorito nas pesquisas para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comemora a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM), com ampla margem, consolidando uma aliança estratégica com os democratas. O governador mineiro Aécio Neves (PSDB) também faz festa: seu ex-secretário de Planejamento Márcio Lacerda (PSB) conseguiu virar o jogo e derrotar Leonardo Quintão (PMDB) em Belo Horizonte ; um sinal de que a sua aliança ;pós-Lula; com o PSB e o PT ainda tem viabilidade. Especula-se, inclusive, com a possibilidade de Aécio migrar para o PMDB, com objetivo de ser o candidato pela legenda que mais acumulou força nas eleições municipais e não tem um nome viável para disputar a Presidência. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que marcou posição na campanha de Maria do Rosário (PT), foi derrotada em Porto Alegre, mas não tem do que reclamar. Caloura nos palanques eleitorais, rodou o país em apoio aos petistas e, pelas mãos do presidente Lula, emerge da eleição como única opção do PT para a sucessão em 2010. O resultado de São Paulo tirou Marta Suplicy do seu caminho. O governador baiano Jaques Wagner, outro presidenciável da legenda, amarga a derrota de Walter Pinheiro (PT) em Salvador. No estado de São Paulo, as vitórias dos petistas Luiz Marinho, em São Bernardo do Campo; Sebastião Almeida, em Guarulhos; e Oswaldo Dias, em Mauá, beneficiam a ministra de Lula. Dilma também se fortalece com vitória de Eduardo Paes (PMDB) no Rio de Janeiro, graças ao empenho do governador Sérgio Cabral (RJ), que hoje ocupa a posição de mais importante aliado do presidente Lula no PMDB (leia mais abaixo). Encruzilhada Os resultados eleitorais complicaram a situação no PSDB. José Serra foi o grande vitorioso na batalha de São Paulo, mas a derrota do aliado Fernando Gabeira (PV), no Rio de Janeiro, impediu a consolidação da hegemonia de sua candidatura na legenda. A pedra no caminho é Aécio Neves, que conseguiu uma virada espetacular no segundo turno em Belo Horizonte, juntamente com o prefeito Fernando Pimentel (PT). O resultado praticamente consolida a candidatura do petista ao governo de Minas e catapulta a candidatura de Aécio ao Palácio do Planalto, junto à elite mineira, que sonha com a volta ao centro do poder. Outro vencedor em Minas foi o deputado Ciro Gomes (PSB), que apostou na candidatura de Lacerda e na aliança com Aécio, embora tenha sido derrotado em Fortaleza, onde apoiou a ex-mulher, a senadora Patrícia Sabóia (PDT). Ciro disputou a Presidência em 1998 e 2002 e se mantém como um nome eleitoralmente competitivo, mas com capacidade de articulação política limitada pela candidatura de Dilma. Além da aliança com o PT não render os frutos esperados, o bloquinho que ele formou com o PDT e o PCdoB se desmantelou nas eleições municipais. A candidata do PSol ao Planalto, Heloísa Helena, voltou às bases em Alagoas, onde se elegeu vereadora em Maceió. Ela ficou à margem do segundo turno e sua candidatura à Presidência é tão incerta quanto o futuro do PSol.

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