Politica

Crise mundial não terá efeitos "dramáticos" sobre a capital mineira, prevê Lacerda

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postado em 27/10/2008 15:21
O prefeito eleito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), minimizou nesta segunda-feira (27/10), em entrevista, os possíveis efeitos que a crise econômica mundial pode gerar no desenvolvimento da capital mineira. ;Não há nenhuma preocupação em relação a alguma catástrofe. O que deve haver certamente é uma diminuição do ritmo de crescimento da economia brasileira e, conseqüentemente, da economia mineira. Mas a economia mineira vem crescendo acima da média nacional. Particularmente, com efeito positivo maior na região metropolitana. Então vamos ter algum impacto, mas não será nada dramático;, previu Lacerda, que também é empresário do ramo de telecomunicações e já foi secretário de Desenvolvimento Econômico do estado. Segundo o prefeito eleito, se houver necessidade de algum corte orçamentário em virtude da perda de arrecadação, os investimentos sociais serão os últimos a sofrerem alguma perda. ;Quando um orçamento não pode ser cumprido por causa da receita, tem que haver cortes e o primeiro é em obras. O orçamento participativo [por meio do qual a população decide as prioridades de investimento em cada região] não pode ser cortado nos primeiros passos;, assinalou. Lacerda considera um de seus principais desafios melhorar a mobilidade urbana da capital mineira. Para isso, o prefeito eleito pretende viabilizar mais corredores exclusivos para ônibus e priorizar a conclusão das linhas 2 e 3 do metrô. Ele já apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva proposta para que as obras sejam realizadas por meio de parceria público-privada. ;Publicar o edital no primeiro semestre [do ano que vem] é a nossa meta;, informou. O orçamento da prefeitura de Belo Horizonte para 2009 é de R$ 6,1 bilhões. Desse total, R$ 1,5 bilhão é destinado a obras de infra-estrutura urbana e outras como construção de hospitais e escolas. A previsão da prefeitura é de que até o fim do ano seja concluída a milésima obra realizada com recursos do orçamento participativo.

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