Politica

Petistas assumirão discurso em favor de aliados para garantir apoio no Congresso

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postado em 27/10/2008 15:30
O fim das eleições municipais deverá marcar uma nova etapa para o PT. Em reunião da Executiva Nacional do partido nesta segunda-feira (27/10) em Brasília um dos objetivos é evitar ataques aos aliados, que em vários municípios disputaram em campos adversários ao dos petistas. A munição será dirigida a adversários históricos, como os democratas e tucanos. A reportagem apurou que a nova disposição, segundo interlocutores da legenda, tem dois objetivos: garantir o apoio às propostas do governo federal no Congresso Nacional e também à campanha presidencial de 2010. O discurso apaziguador ocorre na semana em que o ministro Guido Mantega (Fazenda) irá duas vezes ao Congresso. Mantega tem a missão de conquistar a confiança dos líderes partidários e garantir a votação de duas MPs (medidas provisórias) aguardam votação. Para o governo, a votação das duas MPs são fundamentais porque tratam de medidas que visam a contenção dos efeitos da crise econômica internacional no mercado brasileiro. Mas há restrições por parte dos parlamentares que afirmam desconhecer os detalhes e terem sido surpreendidos com as medidas. Paralelamente, os petistas deverão intensificar os elogios ao PMDB. O partido é apontado como grande vitorioso nessas eleições por ter conquistado o maior número de prefeituras no país. Com isso os peemedebistas já sinalizaram que pretendem ter vôos próprios em 2010 e não mais apoiar apenas o candidato indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na tentativa de assegurar o apoio do PMDB não só em nível federal, mas também em Estados, os petistas pretendem destacar, nos discursos públicos, as vitórias conquistadas pela legenda nas últimas eleições. Já o PSDB e o DEM serão apontados pelos petistas como partidos com saldo negativo, em comparação com o PT, nas eleições. A avaliação será apresentada mesmo com a vitória do prefeito Gilberto Kassab (DEM) --com apoio do PSDB-- em São Paulo. O caso de São Paulo será tratado como reflexo de um suposto favorecimento do fator reeleição.

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