postado em 27/10/2008 16:05
A reunião da Executiva Nacional do PT nesta segunda-feira (27/10) será marcada por discussões em torno dos rachas no partido em grandes municípios do país e o que essas divisões causara. A situação de Belo Horizonte deverá ocupar parte dos debates, uma vez que os petistas racharam no apoio ao prefeito eleito César Lacerda (PSB).
A Folha Online apurou que integrantes da executiva defenderam a necessidade de se aparar as arestas para definir a estratégia já para 2010. Um dos argumentos que deverá ser utilizado é que, apesar das alas internas diferentes que há no partido, é necessário ter uma coalizão de forças em torno de um único objetivo --que é manter o PT no Palácio do Planalto e nos comandos dos governos estaduais.
Interlocutores do PT avaliam que internamente, o racha no partido deverá resvalar no atual prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel. Com apoio do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), Pimentel defendeu veementemente a candidatura de Lacerda. Mas setores do partido discordaram da posição de Pimentel.
Os ministros Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) lideraram um movimento contrário ao apoio a Lacerda. O caso foi parar no gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que pediu ao grupo que evitasse a divisão.
Ao longo da campanha do segundo turno integrantes do PT nacional sinalizaram que Pimentel deverá ser punido por sua defesa ostensiva a um nome associado a Aécio --portanto a um virtual candidato à Presidência da República em 2010 e pela oposição.