Politica

PSDB começa disputa de 2010 criticando Dilma, e dividido entre Serra e Aécio

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postado em 27/10/2008 17:30
Com o fim das eleições municipais e a vitória dos candidatos apoiados pelos governadores José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG), o PSDB deu inicio à campanha eleitoral de 2010 nesta segunda-feira (27/10) com críticas à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Apesar de dividido entre Serra e Aécio para a disputa à Presidência da República, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), disse que a ministra não tem presença junto à população para conquistar a Presidência. "Os dois ganharam (Aécio e Serra), a ministra Dilma não ganhou, não conseguiu eleger sua candidata em Porto Alegre (a petista Maria do Rosário). Estamos muito bem nessa parada. A ministra Dilma está com um pé atrás", afirmou. O tucano avalia que Dilma não tem liderança popular, demonstra "arrogância", nem conseguirá ser eleita somente por ser a "principal ministra" do presidente Lula. "As eleições demonstraram que a ministra Dilma tem liderança no governo, mas no PT não. Não fez sucesso esse negócio de o presidente eleger um poste", afirmou. Na opinião de Guerra, a popularidade do presidente Lula não será suficiente para eleger o seu sucessor em 2010. Além de enfraquecer a candidatura de Dilma, o PSDB tem como estratégia se aproximar do PMDB em busca de uma eventual chapa com os peemedebistas na disputa pela Presidência em 2010 - em meio às articulações de peemedebistas para convencer Aécio a migrar para o partido caso os tucanos escolham Serra. "Eu acho que o campo na política nesses dois anos vai ser muito o PMDB. Vamos cultivar gente que tem a ver conosco lá dentro e não tenho dúvidas de que o governo já faz isso", afirmou o tucano. Divisão Guerra admitiu que a vitória do prefeito Gilberto Kassab (DEM) em São Paulo fortalece o nome de Serra, mas ressaltou que a vitória de Márcio Lacerda (PSB) para a Prefeitura de Belo Horizonte (MG) também cacifa o governador para disputar a presidência em 2010. Diante do impasse para definir o nome do PSDB para 2010, Guerra disse que os dois são "potenciais candidatos". "A escolha do PSDB não tem como se dar agora. Resultados das urnas de eleições para prefeito não são sincronizados com a do presidente da República. Portanto, não podem ser definidoras da escolha de candidato", afirmou.

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