postado em 27/10/2008 21:43
A candidata derrotada à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PT), ainda não decidiu se pretende voltar para o Ministério do Turismo ou outra pasta do governo federal. A reportagem apurou que seu grupo de apoio defende que ela retorne ao cenário político nacional para se manter presente e atuante a dois anos das eleições de 2010, quando poderá receber a indicação para se candidatar ao governo de São Paulo.
Integrantes do comando nacional do PT afirmam que, internamente, o assunto é tratado com cautela pelos petistas. Durante conversas com membros da legenda, o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), indicou nesta segunda-feira que se houver uma reforma ministerial para encaixar Marta ou abrigar aliados, ocorrerá apenas no começo do próximo ano.
Oficialmente, Berzoini opta por um discurso diplomático no qual predomina elogios à candidata derrotada e as posições que ela assumiu durante a campanha para a prefeitura. Segundo ele, há uma "unanimidade" em torno da "militância exemplar" exercida por Marta no esforço para chegar à prefeitura. Na tentativa de reduzir as especulações em torno do assunto, o presidente nacional do PT deixou a possibilidade de Marta retornar para a Esplanada dos Ministérios em aberto. "O que ela [Marta Suplicy] vai desejar [ninguém sabe]. Mas tem todo o caminho aberto [para realizar]", disse.
O possível retorno de Marta a Brasília foi discutido rapidamente durante reunião da Executiva Nacional do PT nesta segunda-feira em Brasília. Participaram da reunião em Brasília Berzoini, o vice-presidentes Marco Aurélio Garcia e Jorge Coelho, o secretário-geral, José Eduardo Cardozo (SP), e os secretários Paulo Ferreira (Finanças), Gleber Naime (Comunicação), Joaquim Soriano (Formação Política), Romênio Pereira (Assuntos Institucionais), Paulo Frateski (Organização) e a senadora Fátima Cleide (RO), entre outros.