Politica

PMDB quer retomar diálogo com legendas para pacificar cenário pós-eleitoral

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postado em 27/10/2008 21:45
Depois de eleger o maior número de prefeitos em todo o país nas eleições municipais, o PMDB vai trabalhar para aparar arestas com partidos da base aliada do governo nos municípios onde houve disputas diretas entre legendas que compõem a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em capitais como Salvador (BA) e Porto Alegre (RS), onde PT e PMDB se enfrentaram no segundo turno, os peemedebistas querem retomar o diálogo com os petistas em busca de uma eventual aliança na disputa pela Presidência da República em 2010. "Temos que pacificar litígios que se verificaram nos Estados. Em termos de aliança governamental, não pode haver feridas", disse o presidente do PMDB, Michel Temer (SP). Em Salvador, onde o governador Jaques Wagner (PT) chegou a trocar ofensas com o ministro peemedebista Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), Temer entrou em campo para pacificar o cenário pós-eleitoral. Aliado do candidato Walter Pinheiro (PT), Wagner trocou farpas públicas com Geddel --aliado do candidato vitorioso à Prefeitura de Salvador, João Henrique (PMDB). "Já conversei com o Geddel, vou insistir que eles façam um encontro. Na semana que vem vamos fazer reunião da Executiva do PMDB. O resto vamos deixar correr para ver o que acontece", disse Temer. O presidente do PMDB promete não usar o desempenho positivo do partido nas urnas para pleitear maior espaço no governo federal. O deputado afirmou que vai "desmistificar" a tese de que o PMDB vai barganhar novos cargos no Executivo após aumentar o número de prefeituras. "Absolutamente não vamos pleitear aumento de espaço no governo. Já temos uma parcela satisfatória, isso seria desagradável politicamente", afirmou. Disputa presidencial Temer minimizou o "cortejo" do PSDB e do próprio PT para alianças com o PMDB na disputa pela presidência em 2010. Como os peemedebistas tiveram crescimento nas disputas municipais com a eleição de 1.203 prefeitos --contra 1.050 eleitos em 2004--, a legenda é vista como "menina dos olhos" para a corrida ao Palácio do Planalto. "A disputa de 2010 vai começar a ser discutida no segundo semestre de 2009. O PMDB irá fortalecido politicamente para qualquer aliança. Quanto à candidatura própria, não é hora de ser discutida. Vamos ter que reunir o PMDB para tomar qualquer decisão", afirmou. Na opinião de Temer, não houve mudanças no cenário político nacional em conseqüência das eleições municipais --com exceção do crescimento registrado pelo PMDB nas urnas. "Numericamente, quem cresceu foi o PMDB. Os demais partidos conservaram suas posições no cenário nacional e manteve-se mais ou menos o quadro de 2004", afirmou o deputado.

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