postado em 29/10/2008 14:30
O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), defendeu nesta quarta-feira que PT e PMDB caminhem unidos rumo às eleições de 2010. Cabral negou que peemedebistas pretendam lançar candidato próprio à sucessão presidencial. O peemedebista rebateu ainda as informações de que seu partido negocie mais cargos e ministérios.
"Vamos [caminhar] para uma política séria e madura", afirmou Cabral, acompanhado pelo prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e parte de sua equipe política, depois de encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. O governador desconversou sobre a possibilidade de ser candidato à Presidência da República em 2010. "Não. Imagina", disse ele.
Ao ser questionado se PT e PMDB caminharão em caminhos opostos em 2010, Cabral disse "não acreditar nisso". Em seguida, fez uma análise política sobre os dois partidos. "É isso que o PT e o PMDB estão construindo. Acho que em 2010 PT e PMDB estarão unidos em torno do presidente Lula e de uma candidatura que u n a os dois partidos para presidente da República." Segundo o governador, peemedebistas e petistas conseguiram manter "uma relação de cordialidade", mesmo quando estiveram em palanques adversários em vários municípios. Para ele, os casos de embate devem ser tratados como exceções. "Houve sempre uma relação de muita cordialidade, pode ter tido um ou outro caso", disse ele.
Fisiologismo
Cabral criticou as negociações para que o PMDB amplie seu espaço político no governo federal, obtendo mais cargos e ministérios. Para ele, informações associadas a essas negociações não correspondem à verdade, uma vez que ele disse que existiriam acusações de que o partido é fisiologista.
"Essa pecha de que o PMDB é um partido fisiológico é uma grande injustiça com o partido", reagiu o governador, que internamente no PMDB sofre críticas de alguns parlamentares que reclamam de falta de atenção.
O governador lembrou que, no passado, quando democratas e tucanos estavam no poder também tinham cargos federais. "Quando o DEM e o PSDB eram governo tinham ministérios. O PMDB tem ministérios como o PT. PV e PCdoB têm. É um absurdo solicitar mais ministérios. O PMDB está muito bem representado", afirmou ele.
No entanto, ao tentar citar todos os nomes dos ministros do PMDB, Cabral esqueceu alguns deles. Apesar disso, destacou a competência de seus colegas de legenda. "Não é caso de mais ministérios, mas fortalecer essa grande aliança que certamente dará ao país mais tranqüilidade para que o país avance de maneira estável e democrática, sem solavancos. Isso que o PMDB e o PT conseguiram", afirmou o governador.