postado em 29/10/2008 19:16
Em uma nova ciranda nos postos do Itamaraty no exterior, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que o atual embaixador do Brasil em Madri, o ex-ministro da Defesa José Viegas, assumirá no começo de 2009 o Palácio Pamphilj, construção do século XV que sedia a embaixada brasileira em Roma. Para seu atual posto, na Espanha, foi escalado o embaixador Paulo César de Oliveira Campos que, ao longo de quase seis anos no cerimonial do Palácio do Planalto, converteu-se em um homem de confiança do casal Lula da Silva.
Postos no Brasil também serão alterados. O chanceler Celso Amorim decidiu chamar para a Subsecretaria de Assuntos Políticos 1, responsável pelo relacionamento do Brasil com o mundo desenvolvido, a embaixadora Vera Machado, que ocupa a representação do País junto ao Vaticano e antes comandara a embaixada em Nova Délhi, na Índia.
Já o atual subsecretário, embaixador Everton Vargas, seguirá para Berlim. Vargas foi o responsável pela organização da maior operação de resgate de brasileiros de uma zona de conflito no exterior - no Líbano, em agosto de 2006. Da Alemanha, o embaixador Luiz Felipe de Seixas Correa, que foi secretário-geral do Itamaraty no governo Fernando Henrique Cardoso e um dos articuladores, em 2003, da formação do G-20 (grupo de economias em desenvolvimento que atua em conjunto na Rodada Doha), assumirá a posição deixada por Vera Machado, no Vaticano.
O destino do atual ocupante do Palazzo Pamphigli, Adhemar Bahadian, ainda é incerto. O diplomata exerceu um papel de confiança da cúpula do Itamaraty no começo do primeiro mandato de Lula, quando assumiu a posição de co-presidente da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e contribuiu para o sepultamento dessa negociação, em 2005. Para a chefia do cerimonial do Planalto será confirmado o ministro Marcos Rapozo, que há meses atua ao lado de Paulo César de Oliveira, o "POC", como é chamado pelo presidente Lula.