Politica

Chinaglia critica debate público em torno das disputas pelos comandos no Congresso

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postado em 30/10/2008 14:21
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), criticou nesta quinta-feira (30/10) o debate público em torno das disputas pelos comandos da Câmara e do Senado. Os embates envolvem o PMDB e o PT, uma vez que peemedebistas atuam para garantir o controle das duas Casas. Segundo o petista, o ideal é evitar a exposição do assunto e manter as negociações nos bastidores. "[A disputa pelas presidências] é [um assunto] de uma delicadeza que você, ao tentar analisar publicamente, você organiza uma reação e não uma vitória", afirmou Chinaglia, admitindo que tem articulado nos bastidores em favor de um nome para sua sucessão, mas não disse de quem se trata. Segundo Chinaglia, a campanha ostensiva por um ou outro candidato às presidências da Câmara e do Senado não surte os efeitos desejados porque os eleitores envolvidos nas eleições --deputados e senadores --não se influenciam pela campanha por já terem suas convicções formadas. "Por que ninguém consegue imprimir uma posição? Por dois motivos: o primeiro é que deputados e senadores já têm suas posições e, segundo, o voto é secreto", disse o presidente da Câmara, apelando para que as campanhas sejam feitas de forma mais discreta. Chinaglia afirmou ainda que está mantido o acordo firmado entre peemedebistas e petistas, que levou à sua vitória, no qual o PT assegura apoio ao PMDB para a sucessão na disputa pela presidência da Câmara. "Em momento algum o acordo será rompido, quando redigimos o texto [do acordo] foi feito de forma equilibrada permitindo uma negociação Câmara e Senado e um diálogo partidário", disse o petista. Embate Articuladores da campanha do deputado Michel Temer (PMDB-SP) à presidência da Câmara temem que a disposição do PMDB em lançar candidatura própria pelo comando do Senado prejudique a eleição do parlamentar. O PT fechou acordo com o PMDB para apoiar a escolha de Temer, mas ameaça romper o prometido caso os peemedebistas se recusem a apoiar o senador Tião Viana (PT-AC) na corrida pela presidência do Senado. O PT lançou o nome de Viana na disputa, mas espera o apoio do PMDB --que reúne a maior bancada na Casa. Nos bastidores, porém, os peemedebistas trabalham para lançar um nome consensual entre os parlamentares, como o senador José Sarney (PMDB-AP). O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, é um dos principais articuladores da candidatura de Sarney --que oficialmente nega disposição em entrar na disputa. Em conversas com aliados, porém, Sarney afirma que, se for candidato único, aceita a missão de presidir o Senado.

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