Politica

FHC defende nome de consenso no PSDB para 2010

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postado em 31/10/2008 16:38
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso defendeu nesta sexta-feira (31/10) um nome de consenso no PSDB para as eleições de 2010. Nesta quinta dois potenciais aspirantes à Presidência - os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves - concordaram com a realização de uma prévia interna para escolha do candidato ao Palácio do Planalto. "Acho que pode haver um nome de consenso no partido. Tenho esperança de que haja uma convergência entre Aécio e Serra. Eles são os potenciais e acho difícil que apareça um terceiro", disse. "Vou trabalhar para que haja um nome de convergência, que para mim pode ser qualquer um dos dois", disse ele, após participar de um prêmio concedido pela mineradora Vale à ex-primeira dama Ruth Cardoso. Tradicionalmente, cabe a cúpula do PSDB definir o nome do concorrente tucano às eleições. FHC descartou uma possível ruptura de Aécio com o PSDB caso o partido opte por Serra, que já foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2006. "Não existe essa possibilidade. Isso está absolutamente fora de cogitação. Bem humorado, o ex-presidente aproveitou o evento para ironizar a recente declaração do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), de que o PT e o PMDB estarão unidos nas eleições de 2010. "Isso tudo é muito variável e daqui a dois anos acho que o Cabral vai estar conosco", disse. Sem descartar a importância de uma aliança com o PMDB, Fernando Henrique fez questão de ressaltar que fundamental mesmo para o partido tucano é defender uma candidatura que o "povo queira". "O importante para o PSDB e os demais partidos é encontrar bons candidatos. Essas últimas eleições mostraram que nosso eleitor é muito independente. Ele não segue ordem de ninguém e nem tem muito amor a nenhum partido político especificamente. Ele quer saber quem na naquele momento assegura um futuro melhor". O ex-presidente aproveitou ainda para descartar a possibilidade de voltar a concorrer ao Palácio do Planalto. "Já disse antes que cada um tem que saber o seu momento na história. Meu papel é agora outro", afirmou.

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