Politica

Procurador da União acusado pede exoneração do cargo

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postado em 03/11/2008 18:44
Sem apoio político para se manter no cargo, o procurador-geral da União, Jefferson Carús Guedes, pediu hoje exoneração. A Advocacia Geral da União (AGU) divulgou uma nota em sua página de notícias na internet informando que Guedes pediu para sair da função para "evitar que se cause qualquer desgaste" à instituição. A medida foi tomada horas depois da veiculação de reportagem do jornal O Estado de S.Paulo informando que Guedes era suspeito de formação de quadrilha num processo que tramitava na Justiça Federal. No pedido, Guedes afirma que é inocente e esclarece que solicitou a exoneração porque não existe a hipótese de licenciamento do cargo. Ele disse que a tramitação da ação que existia contra ele foi suspensa por uma liminar do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região. "Estou convicto da ausência de elementos para a ação penal, como evidenciado na liminar em habeas-corpus, que trancou referida ação", afirmou. "Além disso, não foi dada oportunidade de defesa preliminar ao recebimento da denúncia pelo juiz, que permitiria a demonstração imediata da minha inocência e a rejeição liminar do pedido. De acordo com as informações publicadas pela reportagem, o processo contra Guedes é resultado de desdobramentos da Operação Perseu, realizada pela Polícia Federal (PF) em 2004 na qual foram presos 12 auditores fiscais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e empresários de oito Estados. Conforme as investigações, há suspeitas de fraudes na Previdência de cerca de R$ 100 milhões. Guedes era na época procurador-geral do INSS. Substituição< A AGU anunciou que Guedes será substituído interinamente pelo advogado-geral da União adjunto, Fernando Luiz Albuquerque Faria. A nota divulgada pela AGU na internet informa que o advogado-geral, José Antonio Dias Toffoli, reafirmou sua confiança em Guedes, agradeceu os serviços prestados por ele e "destacou a grandeza de abrir mão do cargo para proteger a instituição".

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