Politica

Justiça afasta Anderson Adauto da Prefeitura de Uberaba (MG)

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postado em 05/11/2008 17:36
A Justiça determinou nesta terça-feira (4) o afastamento do prefeito reeleito de Uberaba (MG) e ex-ministro dos Transportes do governo Lula, Anderson Adauto (PMDB), do cargo. Ele é suspeito de integrar um esquema fraudulento que desviou cerca de R$ 5 milhões dos cofres públicos do município em irregularidades na área da saúde. Em decisão liminar, o juiz Lênin Ignachitti, da 4¦ Vara Cível de Uberaba (MG), também determinou o seqüestro dos bens de Adauto. A defesa do prefeito vai recorrer da decisão liminar. Além do prefeito, a decisão judicial pede o seqüestro dos bens e o afastamento dos cargos de João Franco Filho, ex-secretário de Saúde e atual secretário de Governo do município e da funcionária Vera Lúcia Silva Abdalla, também envolvidos na suspeita. A irregularidade apontada é a contratação, em novembro de 2006, da empresa Home Care Medical Ltda --sediada em Guarulhos (Grande São Paulo)-- para gerenciar a compra e a distribuição de medicamentos em Uberaba. A denúncia foi feita pelo promotor José Carlos Fernandes Junior, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público. A acusação surgiu a partir de denúncia ex-secretário de Saúde de Uberaba Alaor Carlos de Oliveira, que antecipou quem seria o ganhador da concorrência em uma matéria publicada no dia 26 de setembro de 2006 no jornal "Correio Braziliense". Segundo a liminar que afasta Adauto, o depoimento de Oliveira descreve com detalhes que Adauto e o Franco Filho teriam manipulado a licitação. "A ilegalidade do procedimento licitatório para gerenciamento da saúde já foi reconhecida por decisão transitada em julgado", afirma o juiz em sua decisão. Outro lado Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Uberaba afirma que o processo licitatório obedeceu rigorosamente o que está previsto na Lei de Licitações. Em nota, afirma que a prefeitura acatou todas as determinações da Justiça. Quanto a denúncia de superfaturamento de produtos fornecidos pela Home Care, ocorrida em outubro de 2007, a assessoria da prefeitura afirma que o secretário municipal de Saúde determinou imediatamente a apuração dos fatos e que solicitou a adequação dos preços

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