Politica

Ministro e prefeito reeleito de Salvador amenizam troca de insultos com governador

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postado em 05/11/2008 19:38
Em defesa da boa relação com o governo federal e o PT, o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) e o prefeito reeleito de Salvador (BA), João Henrique (PMDB), minimizaram nesta quarta-feira (05/11) a troca de insultos com o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), durante a campanha eleitoral. Para Geddel, o que ocorreu foi um "oba-oba de campanha", enquanto Henrique disse que foram apenas "passagens de campanha". Segundo o ministro, dar continuidade à discussão é estimular o clima de "briga de comadres". Geddel acompanhou João Henrique durante visita de cerca de uma hora ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. O encontro de Lula com João Henrique foi o mais longo, se comparado às outras reuniões com os prefeitos eleitos de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), Rio, Eduardo Paes (PMDB) e Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB). A disputa pela prefeitura de Salvador polarizou os candidatos do PMDB, Henrique, e do PT, Walter Pinheiro. Durante a campanha eleitoral municipal, o peemedebista chegou a xingar o governador baiano, a quem chamou de lento e incompetente. Mas nesta quarta-feira, João Henrique minimizou a crise causada pela troca de insultos."[Hoje temos] uma relação administrativa boa", afirmou ele, referindo-se à sua relação com o governador. Em seguida, o prefeito reeleito afirmou que: "[Os xingamentos contra Wagner] foram passagens de campanha. Durante a campanha também fomos muito agredidos". Apontado como padrinho político de João Henrique e principal responsável por sua vitória nas últimas eleições, Geddel também amenizou o mal-estar com o governador Jaques Wagner. Segundo ele, não tem intenção alguma de brigar com Wagner, salvo se o próprio desejar. "São problemas muito mais identificados com o ´oba-oba eleitoral´ do que com problemas reais. Tenho com o governador Wagner uma postura fraterna e de amizade", disse ele. "Vamos ter de permanentemente conversar. Minha relação com ele, está muito tranqüila. Não tenho desejo de brigar com o governador, salvo que ele queira brigar comigo." Para o ministro, dar continuidade à polêmica é estimular o que ele chama de "briga de comadres". "Ao meu ver [o que faz isso] deixar de existir é a resposta administrativa. Se nós não tivermos capacidade de dar essa resposta administrativa, tudo mais perde a importância e fica parecendo briga de comadre. Como eu não quero ser julgado como alguém capaz de se envolver em briga de comadre, vou tentar de ajudar o prefeito João Henrique", afirmou.

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