Politica

Crise pode fazer Prefeitura de SP aumentar cortes

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postado em 07/11/2008 09:46
Apesar de já ter cortado 10% da proposta orçamentária para 2009 em razão da crise financeira mundial, a Prefeitura de São Paulo e vereadores que analisam os números admitem que há a possibilidade de ainda mais contingenciamento para o ano que vem. O valor, de R$ 29 bilhões, pode não ser totalmente executado caso haja queda nas receitas. O secretário municipal de Planejamento, Manuelito Pereira Magalhães Jr., garante que não mexe com a "parte social", composta por educação, saúde, habitação, assistência social, esporte e trabalho. Para esse setor, está reservada a maior fatia do Orçamento: R$ 15,5 bilhões. Caso ocorra, o contingenciamento deve ficar restrito aos demais setores de despesa: meio ambiente, cidadania e infra-estrutura. Segundo a Secretaria Municipal de Planejamento, não está descartada a hipótese de redução de gastos no metrô, bandeira de campanha do prefeito reeleito Gilberto Kassab (DEM). Uma decisão nesse sentido, porém, só no ano que vem. Kassab não fala abertamente de corte de gastos, diz apenas que a prefeitura "está atenta" às variações de humor do cenário mundial. Rio de Janeiro Uma explosão de gastos com o pagamento da dívida municipal perante a União e aumentos das despesas de pessoal e custeio além da inflação esperam o futuro prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e ameaçam suas promessas de campanha. Segundo o futuro secretário da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, estudos preliminares da equipe de transição identificaram déficit na proposta orçamentária enviada pelo prefeito Cesar Maia (DEM). O projeto tramita na Câmara Municipal, mas o futuro prefeito quer mudá-lo. "Ainda não são números absolutamente fechados, mas são algo em torno de R$ 200 milhões, R$ 300 milhões (de déficit). Pode ter sido um déficit trilhado a partir da insistência do prefeito em construir a Cidade da Música", afirmou Carvalho, referindo-se ao complexo para espetáculos eruditos construído por Maia na Barra da Tijuca, por mais de R$ 500 milhões. O atual prefeito, em viagem ao Usbequistão e Polônia, diz que receitas e despesas estão equilibradas, mas recomenda vigilância sobre as contas por causa da crise mundial.

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