Politica

Prefeitos criam consórcio para racionalizar recursos

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postado em 08/11/2008 15:31
Os seis prefeitos eleitos das cidades da Região Metropolitana Norte e de Goiana, no Litoral Norte, decidiram juntar forças antes mesmo de assumirem os mandatos. E deram nesta sexta-feira (07/11) o primeiro passo para criar um consórcio envolvendo Araçoiaba, Abreu e Lima, Goiana, Igarassu, Itamaracá, Itapissuma e Paulista. Com isso, os governantes pretendem reforçar o poder político da região e racionalizar recursos, uma vez que pretendem atuar conjuntamente em projetos urbanos, educacionais e turísticos. O recado inicial veio em forma de lista de prioridades. Ela deve ser entregue e discutida com o governador Eduardo Campos (PSB). Embora com alguns projetos amplos e até de difícil concretização em quatro anos, os eleitos apontaram para que lado devem pender seus governos. A lista contempla principalmente as áreas de saneamento básico, infra-estrutura e revitalização do patrimônio cultural e histórico. Há um ponto em comum. Todos defendem a retirada rápida dos presídios de Itamaracá. "Somos ricos em história, mas atuamos de maneira isolada", avaliou Yves Ribeiro (PSB), prefeito reeleito de Paulista e um dos idealizadores da formação do consórcio. Pouco se tem do que será a organização futura. Mas os prefeitos, diante da crise que se avizinha e da expansão de Suape, não querem perder tempo. O encontro de ontem deve continuar no próximo dia 25. Na data, cada município indicará dois técnicos para integrar o grupo de trabalho responsável pela formatação do consórcio. Para o prefeito eleito de Igarassu, Gesimário Baracho (PSB), modelos testados em outras regiões podem facilitar a experiência da Região Metropolitana Norte. Ele colocou como indispensável para o consórcio o debate pela redistribuição dos impostos captados em Suape. "Os investimentos feitos no complexo portuário e industrial não são exclusividade dos municípios em que Suape está, mas de todo o estado", avalia. As metas do consórcio, entendem os eleitos, são muitas. Mas começam por ações capazes de serem postas em prática nos primeiros meses de 2009. A lista prevê mutirões de limpeza, trabalhos conjuntos de divulgação turística. O futuro gestor de Itamaracá, Rubem Catunda (PT), condiciona o soerguimento do turismo da região à retirada dos três presídios. Segundo o superitendente estadual de Capacitação e Ressocialização, coronel Edvaldo Vitório, as unidades devem deixar Itamaracá até 2010. Ao se unir em torno do tema, os prefeitos querem garantir a continuidade dos projetos e delimitar espaço.

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