Politica

CPI dos Grampos vai investigar se houve quebra de sigilo telefônico de jornalistas

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postado em 10/11/2008 09:04
Depois de passar as últimas semanas submersa, a CPI do Grampo da Câmara volta à cena política esta semana para investigar se a Corregedoria da PF quebrou ilegalmente o sigilo telefônico de jornalistas que cobriram a Operação Satiagraha. Os deputados querem convocar dois personagens do caso: o delegado Amaro Vieira Ferreira, da Corregedoria, que apura o vazamento de informações, e o procurador da República Rodrigo Dassiê, coordenador do grupo de controle externo do Ministério Público Federal em São Paulo. A oposição aproveita a polêmica envolvendo delegados, para criticar o que considera falta de comando na PF. Os requerimentos serão votados na quarta-feira (12/11), e os dois devem prestar depoimento na próxima semana. Deputados avaliam que os repórteres podem ter sido alvos involuntários da guerra de versões entre Protógenes e a cúpula da PF. "A história está mal explicada. Se a PF quebrou sigilos ilegalmente, é uma informação grave e que precisa ser investigada. A Corregedoria deve responsabilizar quem vazou, e não os jornalistas que cumpriram seu dever", disse o presidente da CPI, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ). O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), um dos críticos da falta de comando na PF, diz que as buscas na casa de Protógenes e na Abin mostram que o conflito entre a PF e a agência ainda não foi resolvido. "O governo vinha abafando essa disputa, que continuava a ser travada. As instituições precisam de autonomia, mas esse nível de discussão é preocupante. Falta autoridade", afirmou.

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