postado em 10/11/2008 10:07
A antecipação do debate para a campanha presidencial de 2010 já produz faíscas entre o PT e o PSDB. Irritado com as críticas do assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, que o chamou de "picolé" sem charme, o ex-governador Geraldo Alckmin decidiu entrar na briga. "O PT tem urticária quando a discussão é sobre ética e eficiência no gasto público", reagiu.
Candidato derrotado do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Alckmin rebateu as afirmações de Garcia, que ironizou o "choque de gestão" adotado em sua administração à frente do Palácio dos Bandeirantes (2001 a 2006) ao criticar o governador de Minas, Aécio Neves. "O governo Lula não aproveitou o bom momento da economia para fazer as reformas e colhe os frutos do que o PSDB plantou", atacou.
As estocadas na direção do PSDB marcaram o encontro de sexta-feira do Diretório Nacional petista, que decidiu apressar a "construção" da candidatura da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Palácio do Planalto. Convencida de que é preciso aumentar a polarização com Aécio e com o governador de São Paulo José Serra - os dois pré-candidatos tucanos à Presidência -, a cúpula do PT renovou os ataques ao "choque de gestão" e às privatizações defendidas pelo PSDB.