Politica

Temer intensifica campanha na Câmara, enquanto permanece impasse no Senado

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postado em 10/11/2008 14:00
A pouco mais de dois meses das eleições para os comandos da Câmara e do Senado, as negociações em torno das candidaturas se intensificam. Apontado como candidato preferencial, o deputado Michel Temer (PMDB-SP) marcou uma série de reuniões com os possíveis correligionários para esta semana. No Senado, o imbróglio entre petistas e peemedebistas predomina nos debates políticos na Casa. A idéia de Temer é alinhavar apoios e já definir os virtuais cargos para a Mesa Diretora e até as presidências das comissões permanentes. Como há tempo para fazer campanha, o peemedebista optou pelas articulações de bastidores para depois ampliar as negociações. Na quarta-feira, Temer será homenageado pelo PV. Em um jantar em Brasília, a bancada do Partido Verde deverá oficializar o apoio ao peemedebista --que conta com a simpatia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a maior parte dos partidos aliados que apóiam o governo. Mas, paralelamente, segundo parlamentares, dois deputados também articulam para lançar suas candidaturas. O primeiro a lançar a candidatura foi o deputado Ciro Nogueira (PP-PI), que representaria o grupo denominado baixo clero, enquanto Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ex-presidente da Câmara, também estaria em busca de apoio para retornar ao antigo posto. Senado No Senado, o impasse entre PMDB e PT domina as discussões. O PT, com apoio do Palácio do Planalto, insiste na candidatura do senador Tião Viana (PT-AC), enquanto o PMDB quer o direito de lançar nome próprio. Com costuras dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Roseana Sarney (PMDB-MA), líder do governo no Congresso, o nome apontado é o de José Sarney (PMDB-AP). Discretamente, Sarney e Lula conversaram sobre o assunto na última quinta-feira (06/11). Na ocasião, Sarney defendeu uma solução política e negociada para a disputa que envolve o PMDB e o PT. Oficialmente, ele nega o desejo de retornar ao comando do Senado. A reportagem apurou que Sarney aceitaria ser o sucessor de Garibaldi Alves (PMDB-RN), na presidência do Senado, se houvesse consenso em torno dele. Renan é um dos principais defensores de Sarney, uma vez que tem restrições pessoais a Tião, a quem acusa de ser um dos responsáveis pela sua derrocada no comando do Senado --no período que foi acusado de utilizar recursos de empreiteira para pagar contas pessoais. Na semana passada, Lula pretendia reunir a bancada do PMDB do Senado para buscar uma solução negociada, mas o encontro foi adiado. A expectativa é que o presidente e o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) reúnam os peemedebistas para uma conversa ainda nos próximos dias no Planalto --após o retorno de Lula de suas viagens ao exterior (Itália e Estados Unidos).

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