Politica

Polícia Federal nega indiciamento do delegado Protógenes Queiroz

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postado em 10/11/2008 17:47
A Superintendência da Polícia Federal em Brasília negou nesta segunda (10/11) que o delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha, vá ser indiciado ainda esta semana em inquérito policial que investiga o vazamento de informações durante as investigações. A assessoria do órgão disse à Agência Brasil que o delegado Amaro Viera Ferreira, da Corregedoria da PF, ainda não relatou o inquérito e que por essa razão ainda não é possível indiciar nenhuma pessoa. De acordo ainda com a assessoria, não há prazo para que o inquérito, que corre sob sigilo, seja relatado. A possibilidade do delegado Protógenes Queiroz ser indiciado foi veiculada hoje (10) em jornais de grande circulação nacional. Uma reportagem do jornal O Globo afirma que Protógenes será indiciado ainda esta semana pelos crimes de quebra de sigilo funcional, desobediência, usurpação de função pública, prevaricação, grampos e filmagens clandestinas. O jornal também afirma que o delegado pode responder pelo uso de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sem conhecimento de seus superiores e de ter informado com antecedência a uma emissora de TV e a outros policiais os nomes das pessoas que seriam presas durante a Operação Satiagraha. Na semana passada, uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo afirmou que o delegado corregedor Amaro Vieira Ferreira teria quebrado o sigilo telefônico, sem ordem judicial, de dezenas de aparelhos Nextel usados por jornalistas na noite em que a operação foi deflagrada, para tentar descobrir o responsável pelo vazamento da operação à imprensa. Em nota, a Polícia Federal negou a informação, afirmando que ;não investiga jornalistas no referido inquérito policial;. A Operação Satiagraha, deflagrada pela Polícia Federal no dia 8 de julho, prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. Uma semana depois, o delegado Protógenes Queiroz deixou a condução da operação. Na época, a Polícia Federal alegou que o próprio delegado pediu o seu afastamento do caso para fazer um curso superior de polícia em Brasília. Mas o delegado fez uma queixa formal à Procuradoria da República em São Paulo afirmando ter sido afastado das investigações. Segundo a Polícia Federal, depois de ser relatado, o inquérito feito pela corregedoria será encaminhado para o Ministério Público Federal, que pode abrir uma denúncia e levá-lo à Justiça, devolvê-lo para a Polícia Federal ou até mesmo considerá-lo inadequado, sem encaminhá-lo para nenhum outro órgão.

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