postado em 11/11/2008 12:51
A PF (Polícia Federal) aprovou a prorrogação por mais 30 dias das investigações --a contar desde o último dia 7-- sobre o grampo ilegal de conversa entre o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Policiais que acompanham o caso informaram que o objetivo é concluir as apurações até o final do ano, mas não afastam a possibilidade de isso não ocorrer.
A nova etapa de investigações inclui a utilização de informações e provas, sem excluir possibilidades nem hipóteses, de acordo com alguns policiais. Na prática os policiais investigam a eventual e polêmica participação de agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
As apurações são comandadas pelos delegados Wiliam Morad e Rômulo Berredo, responsáveis pelo inquérito.
Os delegados já concluíram que durante as investigações da Operação Satiagraha houve monitoração dos investigados com fotos, e foram acessadas e manuseadas as transcrições de grampos.
Ao concluírem a primeira etapa das investigações, Morad e Berredo encaminharam o inquérito à Justiça Federal e solicitaram a prorrogação do prazo. Segundo os delegados, os primeiros 30 dias foram insuficientes para se confirmar se de fato o grampo existiu e o suposto autor.