postado em 11/11/2008 13:39
Em busca de um acordo com os senadores do PMDB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir na próxima semana com a bancada. A idéia é tentar um entendimento é encerrar o impasse entre peemedebistas e petistas em torno da disputa pela presidência do Senado. O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) negou que o imbróglio entre PMDB e PT no Senado ameace a unidade da base aliada de apoio ao governo federal.
"Não, em hipótese alguma. Isso significa o fortalecimento dos dois partidos e da democracia, e também o resultado das últimas eleições [municipais em que ambos conquistaram um elevado número de prefeituras]. O partido tem 14 partidos que compõem sua base parlamentares, esses são os dois maiores [PMDB e PT]", afirmou Múcio.
Candidato próprio
A pouco mais de dois meses da escolha do novo comando do Senado, o PMDB e PT não abrem mão de lançar candidato próprio. Os petistas oficializaram o nome do senador Tião Viana (AC) para a disputa. Mas os peemedebistas, liderados pelos senadores Renan Calheiros (AL) e Roseana Sarney (MA) não aceitam a indicação.
O nome apontado pelo PMDB como o ideal é o do ex-presidente da República e do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Na conversa que teve com Lula na semana passada, Sarney reiterou que seu objetivo não é presidir o Senado, mas contribuir para coesão de forças.
No entanto, nos bastidores, parlamentares informam que Sarney aceitaria assumir o comando do Senado, se seu nome fosse indicado como alternativa única e negociada. O que o peemedebista não quer é ter de disputar com outros candidatos a sucessão à cadeira de Garibaldi Alves (PMDB-RN) --na presidência do Senado. Lula pretende tratar pessoalmente do assunto na semana que vem, quando terá retornado de suas viagens à Itália e aos Estados Unidos. O presidente estará em Brasília a partir da próxima terça-feira (18/11).