postado em 11/11/2008 19:10
Com o nome já lançado para a presidência da Câmara, o deputado Michel Temer (PMDB-SP), atua para ficar distante do impasse que envolve o PMDB e o PT no Senado. Diplomático, Temer afirmou que as eleições para os comandos da Câmara e do Senado ocorrem de forma "autônoma" e que há uma "dinâmica própria" envolvendo as negociações entre os senadores, o que afastaria suas influências.
"A dinâmica do Senado é diferente da Câmara, lá são acordos quase individuais. Os senadores conversam entre si, o que é preciso é compor as coisas no Senado de tal modo que haja uma tranqüilidade lá, como eu tento compor aqui na Câmara", disse Temer. "São eleições autônomas [Câmara e Senado]." Temer elogiou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de convocar os ministros peemedebistas para que ajudem a costurar um acordo no Senado.
Mas o deputado ressaltou que as conversas devem ser conduzidas no Parlamento --indicando que o Executivo não deve interferir no processo de definição.
Na Câmara, a situação de Temer é mais confortável. Ele tem apoio da maior parte dos partidos. Porém, os deputados Ciro Nogueira (PP-PI) e Aldo Rebelo (PC do B-SP), ex-presidente da Câmara, sinalizam que vão se lançar candidatos na disputa. Esquivando-se de estimular a polêmica, o peemedebista desconversou sobre as dificuldades que enfrenta.
"Vamos esperar o dia da eleição, qualquer coisa que eu diga pode parecer pretensioso. Aqui seguramente e já está decidido que é do PMDB", disse Temer.
Ao ser questionado sobre as negociações do Senado, o peemedebista também quer manter distância. "Se eu for chamado para isso vou tentar ajudar com vistas a pacificar a coisa no Senado.".
Temer disse ainda que só vai tratar sobre a possibilidade de abrir mão da presidência do PMDB depois das eleições para a Mesa Diretora da Câmara --marcadas para a primeira semana de fevereiro de 2009. Setores do PMDB defendem que o deputado não poderia acumular as funções de presidente da Câmara e do PMDB.