Politica

Lula convoca ministros do PMDB para encerrar impasse por presidência do Senado

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postado em 11/11/2008 19:16
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva "convocou" os seis ministros peemedebistas para ajudarem a encerrar o impasse que envolve o PMDB e o PT na disputa pela presidência do Senado. A conversa ocorrerá na próxima semana, assim que o presidente voltar das viagens ao exterior --ele viajou para Itália e Estados Unidos. "Há uma reunião combinada com os ministros do PMDB para discutir as questões aqui do Senado", afirmou o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais). "Nós precisamos fazer algumas ponderações sobre o equilíbrio político. Precisamos estabelecer um equilíbrio para que continue cooperando e ajudando no programa de governo." Múcio se referiu à necessidade de buscar um acordo entre os dois partidos, que compõem a base aliada do governo, e que insistem em lançar candidatos próprios na disputa pelo comando do Senado --cuja eleição ocorre na primeira semana de fevereiro. Lula pretende tratar pessoalmente do tema, assim que retornar do exterior. Ele estará em Brasília a partir da próxima terça-feira (18). Já foram chamados para a conversa os ministros Nelson Jobim (Defesa), Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), José Gomes Temporão (Saúde), Reinhold Stephanes (Agricultura) e Edison Lobão (Minas e Energia). Dos seis ministros, apenas Temporão não passou pelo Congresso Nacional. Para Lula, é fundamental a intervenção dos ministros, uma vez que todos conhecem bem a Câmara e o Senado e têm acesso aos senadores e deputados para eventuais conversas. O PT já oficializou o nome do senador Tião Viana (AC), mas o PMDB, liderado pelos senadores Renan Calheiros (AL) e Roseana Sarney (MA), resiste à indicação. Segundo os peemedebistas, o nome de coesão é do ex-presidente da República e do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Na conversa que teve com Lula na última quinta-feira (6), Sarney disse que não pretende presidir o Senado, mais uma vez, porém afirmou que iria trabalhar pela unidade da candidatura. Mas, segundo senadores, Sarney aceita presidir o Senado, caso tenha o nome lançado de forma acordada e única. De acordo com aliados governistas, Sarney quer evitar o embate e a disputa com outros senadores.

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