postado em 12/11/2008 18:50
O deputado Michel Temer (PMDB-SP) recebeu nesta quarta-feira o apoio oficial da bancada do PV na Câmara à sua candidatura para presidir a Casa Legislativa. O PV foi a primeira bancada a formalizar o apoio a Temer, uma vez que os demais partidos ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a escolha de candidatos à sucessão na presidência da Câmara.
O PV reúne 14 deputados na Casa, que podem ser decisivos na eleição de Temer. O peemedebista trabalha nos bastidores para garantir apoio diante de candidaturas "avulsas" costuradas sem alarde na Câmara.
O PT, partido com a segunda maior bancada na Casa, promete apoiar o nome de Temer, uma vez que o PMDB apoiou a eleição do petista Arlindo Chinaglia (SP) em 2006. Na época, o PT fechou acordo com o PMDB para apoiar o candidato do partido nas eleições de 2009.
A disputa pela presidência do Senado, porém, promete dificultar a eleição de Temer na Câmara. O PMDB reivindica a presidência do Senado por também reunir a maior bancada na Casa, mas o PT lançou o senador Tião Viana (PT-AC) na disputa com o argumento de que a Câmara e o Senado não podem estar sob o comando do mesmo partido.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai entrar em campo para discutir a sucessão no Legislativo. Lula quer evitar a derrota de Viana no Senado, por isso vai se reunir com a bancada do PMDB na Casa para tentar convencê-la a não lançar candidato próprio na disputa.
Os peemedebistas estudam indicar o senador José Sarney (PMDB-AP), que tem o apoio de governistas e da oposição, mas o parlamentar afirma que só será candidato se não tiver que disputar com nenhum outro senador.
Candidatos Além de Temer, o deputado Ciro Nogueira (PP-PI) lançou seu nome na disputa pela presidência da Câmara. O deputado espera contar com o apoio do chamado "baixo clero" da Casa para se eleger. Outra candidatura que estaria sendo articulada nos bastidores é do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), que já presidiu a Câmara.
Aldo não admite oficialmente a sua candidatura, enquanto Nogueira deflagrou sua campanha pela sucessão na Casa Legislativa. Na busca por votos, o deputado argumenta que tem votos suficientes para derrotar Temer porque construiu sua candidatura com o apoio direto dos parlamentares --e não em um acordo firmado entre PT e PMDB, as duas maiores bancadas da Câmara.