postado em 17/11/2008 19:31
O Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro ingressou com mandado de segurança preventivo junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para anular a eleição do município da região serrana de Guapimirim, onde o eleitor votou no tio e acabou elegendo o sobrinho como prefeito. Para a procuradora regional Silvana Batini, "não se pode dizer que uma eleição vencida por candidato que sequer foi apresentado aos cidadãos como tal, durante todo o período de propaganda partidária, tenha se pautado nos princípios (lisura e legitimidade das eleições) acima elencados".
Em Guapimirim, a candidatura de Nelson da Costa Mello, mais conhecido como Nelson do Posto, foi impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19 horas da sexta-feira, dia 3 de outubro, menos de 48 horas do início das eleições. Para não ficar sem candidato, a coligação "Ordem, Limpeza, Progresso e Cidadania" (PMDB, PTN, PMN, PSDC, PTB, PTdoB, PR, PP e PTC) decidiu trocar o candidato na mesma noite, apresentando ao juízo eleitoral da cidade o nome do sobrinho de Nelson do Posto, Renato Costa de Mello Júnior, o Júnior do Posto, tendo como vice Marco Aurélio Dias.
Por se tratar da véspera da eleição, não houve a troca de nomes nas urnas eletrônicas. Para a procuradora, não houve sequer campanha para explicar ao eleitor a mudança de candidatos, uma vez que no sábado era proibida qualquer propagando eleitoral. "O eleitor foi às urnas e votou em Nelson do Posto, sem ter tido oportunidade de saber que elegia outro em seu lugar. Inclusive porque da urna de votação constava o nome de Nelson e não de Júnior como sendo o cabeça de chapa", disse. Júnior do Posto (PTC) foi eleito prefeito com 74,14% dos votos válidos. Com um mandado de segurança preventivo, Batini tenta impedir a diplomação do candidato e realizar nova disputa.