Politica

Conheça a história do "Bloquinho"

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postado em 18/11/2008 07:00
O bloco de esquerda foi formado na Câmara dos Deputados com intuito de unificar a atuação parlamentar dos partidos. PSB, o PDT, o PCdoB, o PMN, o PRB e o PHS saíram como defensores de um projeto nacional de desenvolvimento orientado para o fortalecimento da soberania do país, a ampliação da democracia, a justiça social e a integração continental. O programa comum foi lançado em junho de 2007 com 16 pontos básicos. Entre as ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ganhou destaque no documento o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). O programa do bloco, na verdade, é uma defesa das propostas da administração federal. Termina da seguinte maneira: "O êxito do segundo governo Lula é decisivo para o presente e para o futuro do Brasil e de seu povo e o bloco de esquerda, por nós reafirmado, e atuando nas mais diversas frentes da atuação política, estará empenhado para que isso se realize". PCdoB, PSB e PDT, capitães do bloco, são históricos aliados do PT de Lula, mas com origens bastante distintas. O PSB surgiu do Partido da Esquerda Democrática, criado em 1946. Um ano depois, o PED transformou-se em Partido Socialista Brasileiro (PSB). Em 1965 é extinto e entra na clandestinidade. Antigos membros da legenda acabam tendo que atuar no MDB. O partido volta a legalidade em 1986 elegendo Jamil Haddad presidente e Roberto Amaral secretário geral. As raízes do PCdoB são ainda mais antigas. Ele se intitula como o verdadeiro herdeiro do Partido Comunista do Brasil (PCB) fundado em 25 de março de 1922. Na realidade, surgiu de uma dissidência do Partido Comunista Brasileiro em 1962. O PCdoB atual teve como inspiração as teorias de Mao Tsé Tung e uma identidade ideológica com o Partido Comunista da China. Ficou ilegal até 1985, quando se reorganizou. O PDT era uma idéia de Leonel Brizola surgida em 1979 em Lisboa, Portugal. O ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro queria que a legenda se chamasse PTB, o mesmo Partido Trabalhista Brasileiro da época de Getúlio Vargas. Mas uma manobra jurídica impediu Brizola de utilizar PTB para sua ideologia partidária. A Justiça Eleitoral entregou, em 12 de maio de 1980, o PTB a um grupo encabeçado por Cândida Ivete Vargas Tatsch, sobrinha em segundo grau de Getúlio.

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