Politica

"Protógenes é um servidor a mais na Polícia Federal", diz Corrêa, da PF

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postado em 18/11/2008 13:49
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, afastou nesta terça-feira (18/11) a possibilidade do delegado Protógenes Queiroz reassumir a coordenação das investigações relativas à Operação Satiagraha. Corrêa disse ainda que não são "personalizadas" as ações da PF e que Protógenes é "um servidor a mais na Polícia Federal". "A investigação [da Satiagraha] já foi redirecionada e tem um novo delegado e uma nova equipe interagindo com o Ministério Público e com a Justiça produzindo diligências", afirmou Corrêa após cerimônia no Ministério da Justiça, afastando a hipótese de Protógenes retomar a coordenação da operação. Ao ser questionado sobre o futuro de Protógenes, o diretor foi evasivo. "Ele [Protógenes] é um profissional de polícia. Ele é um policial, enquanto ele estiver na PF. Protógenes é um servidor a mais na PF", afirmou Corrêa. Espontaneamente, o diretor-geral da PF ressaltou que as ações da instituições não podem ser personalizadas. "Nós não personalizamos, não personalizamos operações, isso não é patrimônio de ninguém, é o Estado brasileiro reagindo ao crime, nós somos meros instrumentos da cidadania. Ninguém é dono. Nem a direção geral nem a polícia, é o poder de reagir, ninguém pode se intitular dono. A impessoalidade é uma regra do serviço público, seja no atendimento ou internamente", disse ele. Vazamento Ainda nesta terça-feira o STF (Supremo Tribunal Federal) e a CPI das Escutas Telefonias da Câmara devem receber a fita contendo toda a gravação da reunião, realizada pela Polícia Federal, na qual Protógenes detalhou as ações da Operação Satiagraha. Sob o argumento que o assunto ocorre em segredo de Justiça e é objeto de investigação da Corregedoria Geral da PF, Corrêa se esquivou de comentar sobre o assunto. Porém, afirmou que o conteúdo da fita esteve à disposição do Ministério Público e também do deputado Raul Jungmann (PPS-PE). Corrêa optou por tratar da suposta isenção do trabalho da Corregedoria Geral da Polícia Federal que investiga o vazamento de dados da Operação Satiagraha. "Nós temos um modelo exemplar de uma corregedoria independente", disse ele. "O Ministério Público tem há vários meses a cópia [da fita] e também a CPI. A corregedoria está apurando com isenção e está funcionando plenamente."

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