Politica

Escolha do comando do PT em 2010 está nas mãos dos neofiliados

;

postado em 25/11/2008 09:27
A direção regional do PT concluiu no fim de semana processo de novas filiações com vistas à participação desse contingente de neopetistas no processo de eleição direta (PED) para escolha do nome que vai comandar a legenda em 2010. A eleição do novo presidente ocorrerá em novembro de 2009 e pelas regras internas apenas quem assinou ficha um ano antes pode participar das decisões. Pelos cálculos do atual presidente do PT-DF, Chico Vigilante, o partido ganhou 7,5 mil novos integrantes e atingiu um universo de 35 mil adeptos. Os novatos representam mais de 20% dos petistas. A força das novas filiações, conduzidas depois da entrada do ex-ministro do Esporte Agnelo Queiroz, pode influenciar na escolha do novo presidente, do candidato a governador e na definição das alianças para as próximas eleições. O próximo presidente também terá papel importante na costura dos nomes que representarão a legenda na briga pelas duas vagas no Senado. Vigilante não pode ser candidato à presidência porque já foi reeleito uma vez e resoluções internas impedem nova recondução. Ele, no entanto, espera participar do processo e ver na presidência alguém de seu grupo político. Os novos filiados são na maior parte ligados à tendência ;Construindo um novo Brasil;, o antigo Campo Majoritário, que tem grande influência na legenda. Além de Vigilante, integram esse agrupamento no DF o ex-presidente regional Wilmar Lacerda, apontado como um possível candidato ao comando do PT-DF. Por enquanto, também são lembrados como prováveis nomes na disputa o líder do PT na Câmara Legislativa, Cabo Patrício, considerado independente de tendências políticas internas. Para Vigilante, o importante é que o partido encontre a unidade. Ele defende que o candidato a governador seja definido em maio do próximo ano, conforme estabeleceu o diretório regional em reunião há dois meses. ;Temos de escolher logo o nosso candidato para podermos trabalhar esse nome com antecedência. Não podemos deixar para a última hora, como ocorreu em 2006;, sustenta o presidente do PT-DF, um dos principais cabos eleitorais de Agnelo Queiroz. ;Espero que o próximo presidente, que será eleito em novembro, respeite a decisão do diretório e a escolha do nosso candidato;, acrescenta. Opositor do atual comandante do PT, o deputado Geraldo Magela (DF) também defende um nome de consenso. Mas eles têm posições divergentes, por isso a dificuldade para encontrar um ponto de equilíbrio. Outro potencial candidato a um cargo majoritário ; senador ou governador ;, Magela não vai concorrer à presidência do PT-DF, mas tentará influenciar nas decisões da legenda. ;Temos de escolher um nome que mantenha posição conciliadora para evitar atritos;, afirma. Ele diz que, no momento, quer concorrer a um cargo na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e nega especulações de que esteja no páreo pela liderança do partido.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação