Politica

Para Mabel, crítica de São Paulo à reforma tem viés eleitoral

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postado em 25/11/2008 10:48
Autor do relatório sobre a reforma tributária, o deputado Sandro Mabel (PR-GO) não disfarçou a insatisfação com a avaliação crítica feita pelo secretário da Fazenda paulista, Mauro Ricardo Costa. Para ele, as declarações do tucano têm uma única motivação: o projeto do governador José Serra (PSDB) de disputar em 2010 a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ;O único motivo pelo qual esse secretário fez essas colocações é porque o chefe dele só pensa em ser presidente da República;, reagiu Mabel. ;Eu achava, e ainda acho, que o governador Serra tem uma visão nacional. Mas, quando vejo o secretário da Fazenda dizendo isso, começo a ter dúvidas." O governo paulista, segundo Mabel, demonstrou que não se constrange em sobrepor seus interesses políticos aos interesses da população. ;É um absurdo. Só pensam em eleição e não na parcela da população que ganha dois, três salários mínimos. Acho isso tudo uma mesquinharia muito grande.; Ao rebater especificamente o fato de o secretário tucano contestar a constitucionalidade do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), Mabel afirmou que se trata de uma proposta do governo federal, submetida a uma rigorosa análise por parte do Ministério da Fazenda. Dizer que o governo Lula não percebeu uma inconstitucionalidade, segundo ele, seria o mesmo que ;chamar o ministro Guido Mantega de inconseqüente e irresponsável;. E o governo, prosseguiu o parlamentar, não tem planos de se lançar em ;nenhum tipo de aventura;. Sobre o perdão a concessões fiscais irregulares feitas pelos Estados até 5 de julho, ele destacou que se trata de criar um ambiente seguro juridicamente para viabilizar a aprovação da reforma. E este, segundo ele, é um ponto que atende a demandas de diversos Estados, entre eles São Paulo. ;Eu participei de seis reuniões com o Mauro Ricardo;, argumentou Mabel.

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