postado em 01/12/2008 14:39
A bancada do PSOL realiza na tarde desta segunda-feira (01/12), na Assembléia Legislativa de São Paulo, uma manifestação em apoio ao delegado federal Protógenes Queiroz, segundo informações do gabinete do deputado Carlos Gianazzi (PSOL).
Protógenes coordenou a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, e depois foi afastado do caso pela cúpula da PF. O PSOL classifica o delegado como "brilhante servidor público" e condena a operação de busca e apreensão no apartamento de Protógenes.
O delegado foi afastado do comando das investigações em julho, quando deu início a um curso superior na Polícia Federal. Oficialmente, a PF divulgou que o delegado deixou o caso para participar do curso.
Posteriormente, porém, Protógenes confirmou que foi afastado da Satiagraha pela cúpula da Polícia Federal devido à sua postura adotada nas investigações.
O delegado retornou às atividades na PF na semana passada, depois de quatro meses de curso, quando foi informado de seu afastamento da Diretoria de Inteligência da PF.
O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, afirmou que o afastamento de Protógenes é conseqüência do perfil "quase partidário" adotado pelo delegado desde que deixou o comando da Satiagraha.
Corrêa considerou "normal" substituí-lo de setor após as denúncias de irregularidades na operação. "A área de inteligência é muito sensível para abrigar alguém que já tenha um perfil quase que partidário. (...) A regra no setor de polícia é a regra da apartidarização. O funcionário público da Polícia Federal só pode ser partidário quando entra na cabine de votação e dá o seu voto", afirmou Corrêa.
Protógenes considerou uma "surpresa" que "combater a corrupção" possa significar uma ação partidária. "Por combater a corrupção, por não querer atrocidades contra a sociedade, contra o meu país, isso pode ser classificado como cunho ideológico-partidário? Isso para mim é uma surpresa", disse.
"A população brasileira está indignada com o que está acontecendo. Então, a indignação do povo brasileiro é filiação partidária?", questionou. Ele negou que seja candidato a cargos públicos e disse que quer apenas atuar na função à qual a direção da PF o designar.