postado em 01/12/2008 21:32
Sem sintonia com o Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje, durante a reunião de coordenação política, no Palácio do Planalto, a necessidade de aprovação da reforma tributária ainda este ano. Nas conversas que tem mantido com interlocutores, Lula tem insistido que a aprovação do texto básico o mais rápido possível, pelo menos na Câmara, seria um "sinal importante" para a economia, porque ajudaria a combater a síndrome da crise mundial. O presidente voltou a reiterar que "está aberto a negociações" em relação ao texto, insistindo que o importante é votá-lo e aprová-lo em 2008.
"Quem é contra tem de assumir para podermos negociar", disse, segundo participantes da reunião, o presidente, que tem conversado com governadores e está disposto a dar prosseguimento aos entendimentos para tentar a aprovação. "Reforma tributária sempre é polêmica e o texto está em discussão há muito tempo", afirmou ele, ao reagir às criticas de alguns oposicionistas, que alegam que o governo quer aprovar o texto "a toque de caixa". Para Lula, não há como concordar com a oposição "porque o projeto está em discussão no Congresso há tempos".
O problema, segundo o Planalto, é que o discurso "da boca para fora" de todos os governadores e parlamentares é de que é preciso fazer a reforma tributária o quanto antes, que ela muito necessária para o País. "Mas na hora agá, na hora de votar, aí a aparecem os óbices e começam a aparecer os contra", disse Lula, segundo presentes no encontro de hoje. Amanhã o governo vai fazer mais uma investida de convencimento junto aos parlamentares e governadores para tentar dar um novo passo na direção da aprovação da reforma na Câmara.