Politica

Governadores nordestinos apontam suas dificuldades para Lula

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postado em 02/12/2008 20:35
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na tarde desta terça-feira (02/12), no Palácio do Campo das Princesas, em Recife (PE), de uma reunião a portas fechadas com os governadores nordestinos. No encontro, ao qual a imprensa não teve acesso, os chefes dos executivos estaduais apresentararam suas dificuldades. Antes dessa conversa, o presidente deu um recado geral aos governadores. Ele disse que nenhum investimento vai deixar de ser feito nas principais nas obras do PAC por causa da crise econômica: ;Não haverá diminuição das obras da Petrobras em nenhum dólar por causa da crise. As refinarias estão mantidas. Vamos continuar fazendo os contratos;, prometeu. O presidente acrescentou que vai fazer uma ;operação pente-fino; para checar as obras que estariam paradas ou em ritmo lento: ;Não vou querer ver nenhuma obra do PAC parada. Vou vai querer ver tudo para tocar essas obras o mais rápido possível. A gente precisar ver o que esta acontecendo com as obras. Agora é hora da gente trabalhar com todo o vigor e ousadia para não permitir que o dinheiro já disponibilizado deixe de ser aplicado nas obras para ficar guardado em banco;. Sobre a situação econômica mundial, o presidente disse ainda que ;o Brasil pode sair dessa crise sem nenhum arranhão ou com uma coisinha pequena, que não vai doer, vai depender da nossa ousadia;. Ele citou a dependência das exportações brasileiras lembrando que o hoje as exportações para os EUA representam 14% do total das exportações e que o país exporta mais para países emergentes. O presidente fez ainda uma reflexão sobre o comportamento do consumidor brasileiro que, segundo ele, geralmente guarda dinheiro quando tem e quando tem medo da instabilidade, por medo de perder o emprego. Ele apontou a ameaça que essa atitude pode representar, lembrando que o trabalhador pode perder o emprego justamente porque deixou de comprar, referindo-se ao desaquecimento da economia. ;Uma coisa sagrada para o Brasil era que quando a situação do país era vulnerável, os países de fora diziam que a gente não podia gastar. Hoje em dia, com as condições, principalmente fiscais que nós temos, temos que economizar o máximo em custeio e gastar o máximo em investimento em obras públicas;, sentenciou. Lula também fez questão de elencar uma série de vantagens do Brasil em relação aos EUA, entre elas a situação dos bancos do país. ;Enquanto os EUA tentam saldar os bancos grandes que estão quebrando, aqui são os bancos grandes que estão comprando os pequenos;. Ao final, o presidente aproveitou para sugerir aos governadores que viajassem mais para provocar investimentos para o Brasil e descobrir onde existe tecnologia para fazer propostas de investimento. Após o encontro com os governadores, Lula permanece no Palácio para participar de outras duas solenidades. Às 18h45 o presidente tem um encontro com o arcebispo de Olinda e Recife dom José Cardoso Sobrinho e em seguida, nos jardins do Palácio entrega o selo Unicef aos municípios amigos da criança. O anúncio será feito com a participação da representante da Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier. O selo é um reconhecimento internacional aos municípios do Semi-árido que alcançaram resultados significativos no esforço para melhorar a qualidade de vida de meninas e meninos e na promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes. Com ênfase nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, a iniciativa integra ações de mobilização social, desenvolvimento de capacidades e monitoramento das políticas públicas desenvolvidas na região. Dos quase 1.500 municípios de 11 estados do Semi-árido brasileiro, 1.130 se inscreveram nesta edição. Todos os que cumpriram as etapas registraram progressos expressivos na situação da infância e da adolescência, como a diminuição de crianças desnutridas, redução da distorção idade-série e o aumento do acesso de mulheres grávidas ao pré-natal.

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