postado em 03/12/2008 09:53
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas recebe às 10 horas uma comissão de integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Eles vêm tomar conhecimento dos números consolidados fornecidos pelas operadoras telefônicas sobre interceptações telefônicas, que são muito superiores aos números divulgados pelo CNJ, com base nas informações dos juízes que autorizaram as escutas. A reunião será realizada na sala da CPI (151-B).
O CNJ informou à CPI no último dia 18 que estavam sendo monitorados 12.210 telefones com autorização judicial, naquele momento. Entretanto, conforme números passados à CPI pelas operadoras, a média mensal de interceptações foi de 30 mil, no ano passado.
Depoimento
Às 14h30, a CPI ouve o agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) José Ribamar Reis Guimarães. Ele participou do trabalho de apoio ao delegado Protógenes Queiroz na Operação Satiagraha, da Polícia Federal.
O depoimento foi solicitado pelos deputados Gustavo Fruet (PSDB-PR), Vanderlei Macris (PSDB-SP) e pelo relator da CPI, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA). Segundo Pellegrino, o diretor de Contra-Inteligência da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto, disse que José Ribamar coordenou os agentes da Abin no apoio dado a Prótogenes.
O diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, foi afastado do comando da instituição depois que veio a público o uso de agentes da Abin na Operação Satiagraha. A CPI investiga a irregularidade do uso desses agentes nas investigações da Polícia Federal.
A reunião será realizada às 14h30 no plenário 13.