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Arthur Virgílio defende gestão de Cássio Cunha Lima no governo da Paraíba

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O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM) defendeu em discurso no Plenário na tarde desta quarta-feira (3) a gestão de Cássio Cunha Lima, que é do seu partido, no governo da Paraíba. O senador também contestou comentários publicados pela imprensa segundo os quais o governador "teria transformado o estado num caos" ao conceder reajustes, na semana passada, a funcionários públicos. Arthur Virgílio observou que os Planos de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) aprovados pela Assembléia Legislativa da Paraíba no dia 24 de novembro atendem às determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000) e representam apenas 0,4% da despesa de pessoal do estado. De acordo com o senador, outros 31 PCCRs foram aprovados ao longo do governo de Cássio Cunha Lima, contando todos com o apoio da oposição na Assembléia Legislativa. O líder do PSDB também citou vários indicadores econômicos para demonstrar que o governador vem melhorando as contas da Paraíba. Ele frisou que durante o governo de Cássio Cunha Lima as despesas com pessoal diminuíram de 59,1% da receita líquida corrente para 51,5%. Além disso, segundo Arthur Virgílio, a dívida líquida da Paraíba, que equivalia a 1,35 vez a receita líquida real do estado diminuiu para 60% dessa receita. "O fato é que os números fiscais são ótimos. Não há caos fiscal. Há organização, indicadores que avançaram, um estado que tem governabilidade porque é um estado governado", disse, acrescentando que Cássio Cunha Lima tem a esperança de continuar governando a Paraíba. No dia 20 de dezembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) que cassou o mandato de Cássio Cunha Lima e do vice-governador José Lacerda Neto, pela acusação de abuso de poder econômico e político nas eleições de 2006. O TSE também decidiu que o cargo deverá ser assumido pelo segundo colocado naquele pleito - no caso, o senador José Maranhão. A decisão do tribunal foi publicada na terça-feira (02/12), mas Cássio Cunha Lima deverá permanecer no cargo até que sejam julgados os embargos de declaração apresentados por seus advogados.