postado em 03/12/2008 20:28
A decisão do PMDB, tomada nesta quarta-feira (03/12), de que terá candidato próprio em 2009 para a presidência do Senado serviu, entre outras coisas, para tentar estancar negociações que parlamentares, inclusive da oposição, já estariam realizando com o candidato ao cargo, o vice-presidente Tião Viana (PT-AC). Segundo o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) esse foi um dos fatores que levou o partido a tomar a decisão de anunciar, por unanimidade da bancada, que vai ter candidato.
;Alguns senadores estavam se comprometendo com a candidatura do senador Tião Viana por causa do vácuo deixado pelo PMDB de não tomar uma decisão sobre o assunto;, afirmou o parlamentar. A reunião de hoje foi marcada com a pauta única de deliberar se o partido teria ou não candidato próprio à sucessão de Garibaldi Alves Filho (PMDB-AC).
Com relação a nomes para suceder Garibaldi peemedebistas como o líder Valdir Raupp, Pedro Simon e o próprio Geraldo Mesquita Júnior reconhecem que o senador José Sarney é o candidato natural do partido. Na reunião de hoje, de acordo com Raupp, o ex-presidente ratificou a posição do partido ao convocar a reunião para tratar da candidatura própria e, por conseqüência, em tomar uma decisão por unanimidade.
A líder do governo no Congresso, Roseana Sarney (PMDB-MA), foi cautelosa nas declarações sobre a reunião da bancada até mesmo por conta do cargo que exerce. Ela disse apenas que ;a união do partido é importante e foi boa;, numa referência à posição única dos 20 senadores peemedebistas.
A decisão repercutiu de forma diferente no DEM e no PSDB, principais partidos de oposição. O líder do DEM, José Agripino Maia (RN), afirmou que, ao adotar essa postura, ;o PMDB sinaliza para uma vitória na disputa pela Presidência do Senado;. Acrescentou que os 13 senadores do seu partido adotarão o critério da representação partidária, ;tradição na escolha dos presidentes do Senado;, para balizar os votos que darão na eleição de 1º de fevereiro.
Já o líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), disse que a bancada ; também de 13 senadores ; ;não tem pressa; na escolha de seu candidato. Acrescentou que o mais importante é que ;o PSDB reafirme sua unidade votando coeso no candidato que for escolhido pela maioria da bancada;.
Quanto a nomes no PMDB para exercer o cargo, Arthur Virgílio destacou os de Pedro Simon (RS) e José Sarney. ;O Simon é reconhecido pela sua independência com relação ao governo e o senador Sarney tem plena consciência da estatura do cargo uma vez que já o exerceu, além de já ter sido presidente da República;.