Politica

PT quer acelerar processo de julgamento de Babu

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postado em 04/12/2008 15:50
O PT pretende acelerar o julgamento do deputado estadual do Rio de Janeiro Jorge Babu (PT) -- denunciado de envolvimento com milícias, descumprimento de orientações do partido e participação em brigas de galo. Na próxima quinta-feira (11), a Executiva Nacional do partido já quer ter em mãos os documentos sobre o caso para notificar e abrir os prazos de defesa e acusação. Ao final do processo, Babu pode ser absolvido, mas corre risco de sofrer desde uma advertência até a expulsão do PT. A Folha Online apurou que o processo oriundo do Diretório Estadual do Rio de Janeiro ainda não chegou a Brasília. "Como houve uma decisão unânime para avocar o assunto para a executiva, a disposição é manter o processo na pauta e seguir sua tramitação", afirmou o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP). No último dia 25, a Executiva Nacional do PT decidiu abrir processo contra Babu. O caso foi encaminhado ao comando nacional da legenda pelo deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). Inconformado com a demora de quase quatro anos do diretório estadual para analisar o assunto, ele apelou à executiva. "Com a decisão unânime de avocar o processo, isso é positivo. Espera-se que na apreciação do mérito [da denúncia em si] a decisão siga na mesma linha pois as provas são contundentes", disse Biscaia. Na última reunião do partido, a cúpula do PT definiu que Babu terá tempo e condições para se defender. Segundo Berzoini, a executiva tem prerrogativas de deliberar sobre o assunto. Mas se o deputado quiser, poderá apelar para o Diretório Nacional da legenda para dar a palavra final. Berzoini negou a possibilidade de adiar ou postergar o processo de Babu. "A disposição é de dar continuidade ao assunto a não ser que surjam fatos novos", disse o petista. Por enquanto Babu não procurou os integrantes da legenda para prestar esclarecimentos. Acusação A executiva do PT deverá analisar uma série de acusações contra Babu. A lista reúne desde seu suposto envolvimento com milícias até o descumprimento de orientações do partido e participação em brigas de galo. Há pouco mais de dois meses, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, disse ter certeza que Babu tem envolvimento com uma milícia--alvo de uma das ações da Polícia Civil do Estado. O deputado estadual negou as suspeitas. Em entrevistas, Beltrame disse que o grupo cometeu crimes eleitorais. Seis pessoas, quatro delas policiais militares, foram presas na operação --que tem dez mandados de prisão, no total. Babu não tinha mandado de prisão por ter foro privilegiado. Além de material de campanha eleitoral, os policiais também apreenderam fichas com o nome de moradores, que seriam uma forma de assegurar o pagamento de taxas à milícia. De acordo com a Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), a milícia supostamente comandada por Babu era rival à Liga da Justiça --milícia que estaria sob controle do vereador Jerônimo Guimarães (PMDB), o Jerominho.

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